A coragem de Passos Coelho
A proposta para a revisão da Constituição Portuguesa é deveras ambiciosa tendo em conta o período que o país atravessa. Louva-se a clareza e a transparência nas intenções desta profunda vontade de alterar a "mãe" das leis portuguesas.
É verdade que o timing - ou o oportunismo - da proposta é complicado e pode jogar a favor do PS, por isso é de pensar que a liderança do PSD tem algo em mente que ainda não sabemos.
Mas, por enquanto, parece que lhes vai sair caro esta ânsia de mudar nos moldes em que estão a fazer. O PS vai rejubilar e até deveria agradecer, pois as sondagens irão provavelmente pender a favor dos socialistas. Mas, como digo, este desfecho é tão óbvio que ás tantas haverá reviravoltas.
As propostas são no essencial muito boas porque não são hipócritas sobretudo na questão do Estado Social (Educação e Saúde) e na diferença sobre o despedimento sem justa causa e causa atendível. A partir dos Açores, é difícil estar de acordo visto que aqui o sistema privado em ambos os sectores é quase inexistente, mas no continente, as pessoas sabem que andam a pagar duas ou três vezes para ter acesso aos cuidados de saúde, por exemplo, e que as escolas privadas crescem como cogumelos.
Não concordo com o prolongamento dos mandatos legislativos e presidenciais e acho que é preciso acabar com os Representantes da República para as autonomias. Já temos o Tribunal de Contas e o Constitucional para servir de garantes do respeito das regiões para com a República Portuguesa.
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