Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, janeiro 10, 2010

Paraíso Perdido T2C17


Os atrasados e os anormais

Em Portugal, o debate sobre questões de consciência equipara-se a uma partida de futebol entre duas equipas rivais. Não há meio-termo: ou se está de um lado ou do outro. E quando se está de um lado é-se obrigatoriamente contra o outro. O casamento entre homossexuais foi aprovado perante a alegria dos que estão a favor e a fúria dos que estão contra. A discussão anterior à votação, quer no parlamento quer nas ruas, evidenciou um país dividido entre aqueles que proclamam o neo-modernismo dos valores da sociedade e os outros que desesperam perante a negação dos valores tradicionais.


Para os defensores da causa Gay, os adversários são vistos como uns conservadores atrasados, o que resulta num desprezo quase violento. Para os que são contra, os Gay são vistos como uns anormais, pois defendem um estilo de vida que lhes causa incompreensão e até repulsa. Depois de séculos – dizem os apoiantes da causa Gay – de discriminação e de brutalidade, a causa tem a sua primeira vitória. Supostamente, foi a partir da legalização do aborto que a modernidade chegou ao país.

Tenho tido imensas dificuldades em escolher umas das trincheiras desta guerra de consciência porque não me identifico com nenhuma. E provavelmente haverá mais pessoas como eu. Por isso, pensando bem, talvez me considere um atrasado anormal. Isto porque não me revejo na causa Gay, não compreendo a homossexualidade e defendo o casamento tradicional, mas, por acreditar na liberdade e responsabilidades individuais, aceito perfeitamente que o casamento seja alargado a pessoas do mesmo sexo. Afinal, a palavra normal é cada vez mais tabu. Mais vou ainda mais longe do que o PS: não percebo a razão de se proibir a adopção. Acho que ao legalizar o casamento, torna-se inconcebível proibir a adopção. A “reserva moral” que serve de argumento a José Sócrates causa-me confusão e só a consigo entender à luz do risco de pederastia como José Pacheco Pereira alega se tratar.


Os tempos vão mudando e, apesar de se proclamar que há cada vez mais liberdade, o Estado é que tem definido que tipo de liberdade os cidadãos podem ter.





Perseguição aos gordos


Com o tempo, cheguei à conclusão que gosto de chicha. Quando olho para uma mulher magra, vêm-me logo à memória imagens associadas à fome. Há que ter calma: não defendo excessos nem de um lado, nem de outro. Mas nos padrões actuais da moda, a magreza anoréctica tem feito furor para desespero de muitos homens!


Vem isto a propósito de uma discussão pública em certos países da Europa, como a Espanha, que incide sobre a possibilidade de se criar uma taxa sobre comida com altos teor de gordura do tipo fast food. O objectivo é fazer com que as pessoas ingiram comida mais saudável. Como a estratégia de informar e educar as pessoas não parece funcionar, ei-los a tomar medidas mais drásticas, desde a proibição de alimentos com alto teor de gorduras até à taxação de guloseimas.



Poderíamos culpar os obesos pelo aparecimento destas medidas que vão certamente fazer sucesso em todos os países da UE, incluindo Portugal. Mas prefiro culpar o Estado, esta entidade que promove cada vez mais o fascismo higiénico, determinando como um ser humano deve ser: magro, saudável e asséptico. E eu a pensar que já tínhamos esgotado todas as questões fracturantes.



Ecologista céptico


Por falar em questões fracturantes, Existe uma deriva de alguns ecologistas que se alimentam da tragédia apocalíptica para fazer valer os seus pontos de vistas.


A novidade prende-se agora com a forma como se combate o aquecimento global e Copenhaga deveria ter servido para repor esta questão no cimo do debate. Tudo se resume à diminuição do CO2?


A solução passa exclusivamente pelas energias renováveis? Como podemos aceitar que empresas apresentem novos meios de transporte não poluentes completamente desadequados da realidade e piores do que aqueles que temos actualmente? Como viabilizar aviões que precisam quase da terra de um país inteiro para produzir biofuel só para uma viagem? Já agora, quem entra com dinheiro para essas experiências? O privado?


Pagar uma taxa de carbono? Por que razão as pessoas devem pagar uma taxa penalizadora se necessitam de se deslocar para o trabalho no seu carro por não ter alternativas? O mundo não se resume a centros urbanos (que de facto dispõem de transportes públicos eficientes). Já agora, por que razão as pessoas têm de ser penalizadas pelo facto de preferirem andar no seu carro em vez de sofrer as multidões do metro ou dos autocarros?


Estará o mundo assim tão mal quando sabemos que as pessoas vivem mais tempo e com melhor saúde? Incluindo o terceiro mundo que na verdade se depara com um problema mais grave pelo facto de ter governantes corruptos e gananciosos?


Já agora, por que razão os ambientalistas mais radicais não optam por um estilo de vida adequado com o que pregam na onda dos Amish da Pensilvânia? Pois, custa passar de carro para cavalo.

1 Comentários:

Anonymous Corvino disse...

http://putasevinhodecheiro.blogspot.com/2010/01/mais-um-mania-que-e-esperto-e-melhor.html#comments

6:37 da tarde  

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