Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, janeiro 17, 2010

Paraíso Perdido T2C18


Haiti, o renascer das cinzas

Este país só o é de nome e por causa do seu povo. O Estado nunca existiu verdadeiramente. Afogado em anos de conflitos e guerra civil, para quem pensava que pior não existia, a natureza tratou de mostrar que o Homem não é nada ao pé dela.


Perante a ajuda mundial e a onda de solidariedade vinda de todo o mundo é possível sonhar com um depois, com um futuro em que o Haiti se pode transformar numa nação. Contudo, ainda é cedo para repensar na reconstrução das infra-estruturas quer físicas quer políticas. Ainda muitas vidas há por salvar neste preciso momento.

Mas quando chegar o tempo de pensar no futuro dos haitianos, espera-se que a ONU consiga galvanizar novamente os países para um entendimento de forma a fazer renascer um Haiti com o seu povo e para o seu povo.




A inevitabilidade das Low Cost

Se há uma coisa que os portugueses perceberam nestes últimos tempos é que a modernidade – no seu conceito mais primário – vingou em Portugal não só na vertente económica e cultural como também nos costumes. É óbvio que quando esta modernidade pressupõe a melhoria da qualidade de vida das pessoas a sua aceitação é pacífica e até cobiçada.


A petição que circula na região sobre as companhias aéreas Low Cost simboliza o anseio por muitos açorianos de viajar de avião a preços baixos. O facto de vivermos num arquipélago aumenta a ânsia em romper com a barreira marítima que encarece e dificulta o acesso à modernidade e ao cosmopolitismo.


Políticos e economistas explicam as vantagens e desvantagens das Low Cost nos Açores. Para a maior parte das pessoas, as possíveis desvantagens fazem pouco sentido porque se sabe que essas companhias aéreas são um autêntico fenómeno de sucesso na totalidade dos países onde operam. Até parece que os Açores são a única região do mundo onde o incentivo à concorrência pode ser prejudicial. Ainda para mais quando se suspeita que a TAP e SATA detêm o monopólio dos transportes aéreos na região (não podemos esquecer o que aconteceu à extinta Air Luxor que foi afastada ilegalmente do concurso para operar a rota dos Açores).

Não deixa de ser verdade que tem havido progressos na forma como as duas companhias portuguesas tentam reduzir o preço das viagens, mas esses esforços revelam-se insuficientes e insatisfatórios.



Para aqueles que ainda têm dúvidas é preciso dizer que as companhias Low Cost são como os centros comerciais, isto é, são uma inevitabilidade que, mais cedo ou mais tarde, chegará à região.



Estigmatizar os turistas


Na semana em que o turismo está na ordem do dia, tem-se visto pessoas a defenderem que os Açores não podem aceitar qualquer tipo de turista. Esta sugestão fez-me lembrar os tempos em que Mota Amaral chefiava os desígnios da região, defendendo o mesmo e em que o PS se opunha fortemente a esta perspectiva redutora do potencial turístico da região. Como se sabe, só com o PS é que se deu um salto em termos de afluência turística e promoção do arquipélago no mundo. Volvido este tempo, parece que demos um passo atrás.


É lógico que qualquer região do mundo queira turistas ricos, pacatos e simpáticos. No entanto, as coisas não funcionam assim. É também indubitável que a aposta do governo regional nos turistas oriundos dos países nórdicos não foi de todo bem sucedida. Apesar de terem um grande poder de compra, verificou-se que, omissa a aquisição do pacote turístico, grande parte desses turistas pouco gastou nas ilhas visitadas. Agora uma coisa é certa, com eles a natureza foi preservada.


O tipo de turista de Ibiza nunca será igual àquele dos Açores, mesmo que os custos de deslocação e alojamento sejam idênticos nas duas regiões. Nesse sentido, não há perigo em tornar os Açores um destino turístico mais barato. O perigo reside nalguns nativos que não têm o mínimo de respeito pela bênção que a natureza lhes deu.

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