Paraíso Perdido T2C30
O fim do Estado Social
O governo tem tentado explicar às pessoas que a subida repentina do défice público se deveu aos apoios sociais concedidos nos últimos dois anos. Esta semana, esses apoios extraordinários foram praticamente eliminados.
Se a lógica fosse seguida, só haveria razões para retirar estas subvenções sócias se houvesse recuperação económica e se o desemprego estivesse a baixar. Mas não. A crise agudiza-se e, quando esta deveria ser a altura para implementar políticas sociais para ajudar quem mais precisa, é feito precisamente o contrário. Onde está o ideal socialista que a Esquerda gosta tanto de clamar? Continuo na minha: o socialismo é uma utopia que na prática resulta num fracasso com proporções dramáticas para a vida das pessoas.
É crucial que num Estado de Direito se ajude quem mais precise. Mas esta ajuda deve ter limites, quer no tipo de pessoas a quem se dirige, quer no tempo em que o apoio é concedido. Não faltam exemplos no mundo de governos que fazem votar leis que pretendem proteger os mais fracos, mas que acabam por prejudicá-los ainda mais.
Nunca se falou tanto nas boas políticas sociais conduzidas pelas IPSS. A explicação para tal fenómeno é muito simples: as IPSS empreendem políticas de proximidade que abordam os problemas locais, não se perdendo em teorias sociológicas de carácter global. As IPSS tentam profissionalizar e rentabilizar economicamente todos os serviços que oferecem, isto apesar de pagar mal aos seus trabalhadores.
Esta crise, não obstante o mal que está e provocar na vida das pessoas, traz algo de bom. Esta é a oportunidade de ouro para redefinir não só toda a estrutura do nosso Estado de Direito, como também para rever o papel que deve desempenhar nas políticas sociais.
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