Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, junho 20, 2010

Paraíso Perdido T2C32




O bem mais precioso do mundo

Portugal não tem petróleo, mas viveu durante muitos anos como se fosse uma Arábia Saudita. Reconheço que este país não é exemplo para nada porque só uma ínfima classe de privilegiados, nomeadamente a realeza saudita, é que beneficia com os lucros do ouro negro. A restante população agarra-se à religião como âncora de socorro e vai vivendo com a “cabeça entre as orelhas”.

Pois bem, Portugal não tem petróleo mas os dinheiros públicos são uma fonte de riqueza parecida. Como se tem visto, só alguns privilegiados é que beneficiaram desses dinheiros públicos. E, tal como o petróleo, esta fonte está em vias de secar.

O nosso ouro negro é o dinheiro dos contribuintes seja ele oriundo do Orçamento do Estado ou das câmaras, seja ele oriundo de Bruxelas. Infelizmente, e mais uma vez, foram precisas instituições internacionais dizerem-nos que era urgente parar de gastar à toa ao invés de sermos nós próprios a cortar um mal emergente que quase todos negavam existir.

Reformar aos bocadinhos

Desde que os partidos políticos perceberam à força que o país tinha de mudar de vida que todas as semanas aparecem propostas no sentido de reduzir o despesismo público. Da redução dos salários dos políticos, à extinção dos governadores civis, de um momento para o outro descobriu-se que o país tinha gente e instituições dispensáveis que só traziam desperdício à República e, por conseguinte, podem muito bem desaparecer porque não fazem falta nenhuma.

Já muito se escreveu sobre esta enumeração de boas intenções mas inconsequentes quando se trata de resolver o verdadeiro problema de Portugal. Mas o desespero bateu à porta dos nossas governantes e, tal como um incêndio que deflagrou numa casa, deve-se salvar das chamas o que é realmente indispensável. O resto há-de se ver.

Para quem defende que nos momentos mais críticos é que aparecem os grandes estadistas, podemos ver que estamos muito mal servidos com os actuais governantes em funções.

Cada vez mais me mentalizo que até eu dava para político. E quando se pensa assim é porque algo está mesmo mal.







O casulo da maioria

Estou preocupado com a maioria absoluta que governa os Açores. O mal deve ser meu. Durante os plenários mensais que ocorrem na Assembleia, na Horta, as propostas legislativas com forte impacto no arquipélago são aprovadas solitariamente pelo Partido Socialista.

Será normal ter toda a oposição, da Esquerda à Direita, unida contra uma determinada proposta, como o PROTA, por exemplo? Será normal que só os deputados do PS tenham percebido que o discurso das passagens aéreas por cem euros, proferido por Carlos César, não era como a maioria dos açorianos pensava? Será normal que só o Secretário da Saúde é que seja o único governante a impor cortes sérios nas despesas e que os outros Secretários Regionais não tomem igual iniciativa? Será normal que o PS se junte ao coro de protesto dos deputados regionais sobre o suposto desmantelamento da RTP Açores, sem propor em alternativa que o Governo Regional tome conta daquele canal televisivo? Afinal, para certas conveniências, parece que dizer mal do centralismo cego de Lisboa tem virtudes terapêuticas.

O povo diz que mais vale só do que mal acompanhado. O problema é quando as decisões unilaterais arrastam com elas toda uma população.






Salve-se quem puder

Gostava que me tirassem algumas dúvidas. Por que razão os ricos do nosso país fazem questão que os seus filhos estudem em escolas cujas propinas são caríssimas e o ensino é exigente, obrigando inclusivamente os alunos a usarem uniforme? Outra dúvida: por que razão há cada vez mais escolas privadas a abrirem em Portugal se a pobreza está aumentar?

Eu sei, vão chamar-me de cínico, pelo facto de eu saber as respostas. Estava só a armar-me em Sócrates, o filósofo. Mas não se enganem: os conspiradores da educação andam por aí e o seu plano maquiavélico para dar cabo da educação está a resultar plenamente. Basta ler a última pérola da ainda Ministra da Educação a propósito da famosa medida que permite aos alunos do 8º ano poderem passar directamente para o 10º: Diz ela como se servisse de consolo aos mais cépticos: “é quase impossível estes alunos serem bem-sucedidos”.

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