Ninguém chumba 2
O que mais me enoja nas entrevistas dadas pelos sucessivos Ministros(as) da Educação é que, de cada vez que apresentam uma pseudo-novidade pedagógica - como esta do "acabam-se os chumbos", afirmam logo de seguida que os que estão contra não querem mudar, que são uns conservadores retrógrados. Desta forma, já inquinam o suposto debate público que pretendem despertar na sociedade, pois o "não" ou o "sim, mas" não são permitidos para a discussão.
Eu admiro os países nórdicos, mas comparar o sucesso das suas políticas educativas, só para mostrar como a reprovação é contraproducente, é indecente. É preciso perceber que o "chumbo" quase não existe não porque foi determinado que assim seria, mas porque todas as condições foram criadas para que as reprovações fossem evitadas, e isso sem recorrer ao facilitismo de um decreto que proíba o chumbo .
Como já dissera há tempos, ninguém percebe de educação. O que se tem feito são experiências a ver se pega. Não existe uma ideia estrutural para a educação; procuram-se resultados para sair dos últimos das tabelas da OCDE.
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