A oposição vai fazer-vos bem
A grande porta pela qual Carlos
César se ia despedir da vida política açoriana - e aclamado por quase toda a
população - vai mingando de dia para dia, à medida que a verdade sobre as
famosas contas dos Açores vai saindo a público. Tal como no continente, depois
do regabofe socialista no esbanjamento de dinheiro, alguém vai ter de pagar a
fatura. Já se percebeu quem vai tomar conta da casa. Dia 14 de Outubro,
oficializa-se o ato de pagamento.
Lembram-se
da frase “Na região, manda os que cá estão”? Lembram-se de Sérgio Ávila e Vasco
Cordeiro a clamar como a República não tinha de se imiscuir na vida política
dos Açores? Lembram-se de como os socialistas insistiam no perigo que constituía
qualquer acordo com a República com vista ao saneamento das contas públicas da
Região? Entre a demagogia típica de pré-campanha e a realidade está um
memorando de entendimento; assinado pelo PS.
Os
Açores não são a Madeira, já conhecemos a cantiga, mas as agências de Rating já tinham colocado Portugal no
lixo, inclusive as ilhas adjacentes. Por isso, para financiar a economia da
Região e pagar as obrigações já acumuladas era preciso a ajuda de alguma
instituição. Como a torneira da banca estrangeira secou, pede-se ajuda à Republica;
aquela de quem os socialistas diziam tão mal há dias atrás.
O
PS bem pode renovar as listas e apresentar os independentes que quiser que a
margem de manobra para Vasco Cordeiro se está a esgotar. Ainda há pouco, o PS pretendia
que as eleições fossem o mais tarde possível para que se conhecesse a posição
de cada partido para o Orçamento de 2013. Mas para assinatura do Memorando
ninguém foi ouvido, nem o próprio candidato socialista. E é bom que se perceba
que o futuro Governo Regional estará refém da assinatura de Sérgio Ávila. Acredito
que o PS, com esta novidade, voltou a mudar de posição e que se fosse possível
antecipar as eleições já para o próximo Domingo aceitava logo de seguida. Quanto
mais tempo passar e mais se souber, pior serão os resultados eleitorais para o
PS.
Secretários assim nunca mais
Estes
são tempos de balanço governativo. A Secretária Regional da Solidariedade
Social, Ana Paula Marques, ficará na história como a governante mais altruísta
de sempre. Criou uma bolsa de estudo especialmente para o filho obter a licença
de pilotagem de aeronaves e, provavelmente, por causa da sua devoção religiosa
aceitou sempre esmolas do contribuinte nas ajudas de custo inerentes à sua
“santa” participação nas procissões. Espera-se que a senhora nunca mais volte a
pisar qualquer palco político.
A
Secretária Regional da Educação, Cláudia Cardoso, teve a coragem de acabar com
as PASE, colocando os alunos açorianos no mesmo patamar avaliativo dos
restantes alunos portugueses. Organizou com mérito o 2º Campeonato do Mundo de
Atletismo Síndrome de Down. Podia acabar em beleza, mas a sua veia política mexeu-lhe
no ego e lá foi “arranjando” mais vagas de professores (números, no entanto,
não muito diferentes dos anos anteriores). As pré-campanhas são mesmo assim,
mas não era preciso emitir um comunicado a dizer que se o PSD e o CDS ganhassem
as eleições seguiriam os passos do Ministério de Nuno Crato. Onde está o
sentido de Estado? A Secretaria da Educação é uma instituição que merece
respeito, não um palanque para a baixa política.
Sobre
Sérgio Ávila tudo já foi dito. De negação em negação até à derrota final.
O deputado do Corvo
Alguém
duvida da performance do deputado do PPM, Paulo Estevão, na defesa dos
interesses do Corvo? Alguns mentecaptos socialistas acham impossível que alguém
de fora possa dar um contributo cívico e político em prol da terra que, apesar
de não ser sua, adotou, respeita e ama. Berta Cabral fez bem em apoiar a
recandidatura do deputado monárquico porque fez o que o PS andou anos a negar
aos seus deputados: pôr a sua ilha à frente dos interesses do partido.
A
mania dos independentes
A ânsia de Vasco Cordeiro em agradar
é tão grande que se estranha o facto de não ter convidado o Pauleta ou a Nelly
Furtado para as listas a deputado. O apresentador de TV Pedro Moura foi a
personalidade mediática mais acarinhada pela população nos tempos conturbados
da RTP Açores. Artigos de imprensa laudatórios, páginas Facebook em defesa do programa Bom
Dia Açores. Como forma de agradecer esses gestos de simpatia, Pedro Moura
listou-se como deputado no PS em São Miguel. Já ninguém se indigna?
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