Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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segunda-feira, julho 10, 2006

A Coreia do Norte orgulhosamente só


Na semana passada, a Coreia do Norte, em exercício militar, lançou sete mísseis de longo alcance que se despenharam no mar do Japão. Imediatamente, o Conselho das Nações Unidas reuniu-se de emergência para, a seguir, condenar em uníssono o governo de Kim Jong Il. Há meses que se tem ouvido falar da vontade do Irão em retomar o seu programa nuclear. A determinação cega do governo de Ahmadinejad tem levado o Irão a uma guerra de palavras com a comunidade internacional. Nas praças financeiras mundiais, desses dois acontecimentos, resultaram aumentos do preço do baril do petróleo e um sentimento de apreensão por parte dos investidores. Por mais que desviemos a cara para o lado, a vida de qualquer um de nós fica afectada com estas crises internacionais. Mas qual é a relação entre estes dois países e a próxima reunião do G8 que decorrerá em S. Petersburgo?

Ao fazer uma análise do que aconteceu em termos de política internacional após o 11 de Setembro de 2001, compreende-se a razão pela qual o Irão e a Coreia da Norte demonstram tanta vontade em afirmar-se no panorama internacional. No discurso que delineava a futura política dos Estados Unidos na luta contra o terrorismo, George W. Bush enunciou uma lista de três países que constituem o eixo do mal: Iraque, Irão e Coreia do Norte. Em 2003, Saddam Hussein foi destronado à força. Presentemente, o Iraque caminha para uma democracia, se bem que em contornos muito complexos e à custa de milhares de mortos. Ao ver as corridas ao armamento de Pyongyang e à energia nuclear para “fins pacíficos” de Teerão, conclui-se que os governantes desses países receiam serem riscados da lista do presidente americano. Porém, a América encontra-se num momento difícil na sua condição de única superpotência. As dificuldades das tropas no Iraque, a péssima imagem da administração americana aos olhos da opinião pública mundial, os erros da condução política de Bush servem os interesses do Irão e da Coreia do Norte para promover as suas loucuras belicistas. Entretanto, os outros países, nomeadamente os que integram a União Europeia, por omissão ou um silêncio cúmplice, vão aos poucos sofrendo as consequências económicas destas crises diplomáticas.

No próximo fim-de-semana, o G8 reunir-se-á na Rússia para discutir a segurança energética. Este tema vai ao encontro das preocupações dos países que são extremamente dependentes de energias como o gás ou o petróleo. À margem desta reunião, haverá manifestações anti-globalização, anti-Bush, anti-etc., como sempre. Interessante é verificar que durante a crise com o Irão e, agora, com a Coreia do Norte, os pseudo-pacifistas não se manifestaram contra esses governos que estão efectivamente a reavivar um medo que parecia ter desaparecido com o fim da guerra-fria. Mais ainda, certos responsáveis políticos europeus parecem coniventes com as políticas totalitárias dessas duas nações. Para alguns, é impensável Portugal ter energia nuclear para reduzir a sua dependência face ao petróleo, no entanto, já é legítimo o Irão, um país que provoca total desconfiança, ter energia nuclear. O mesmo acontece para a Coreia do Norte. Para esses alguns, é mais importante criticar e manifestar-se contra o suposto capitalismo selvagem do que condenar um louco que prefere investir em mísseis a dar de comer ao seu povo. Eis o mundo que queremos, eis o mundo que teremos.

Para o presidente iraniano, o nuclear é uma questão nacional que envolve toda a população. Qual preocupação ambiental, qual quê? Provavelmente, muitos dos iranianos desconhecem os riscos que decorrem das possíveis emissões radioactivas para o ar, pois a propaganda do governo fundamentalista não quer incomodá-los com estes pormenores. O presidente norte-coreano também reivindicou a legitimidade dos seus actos com base na soberania nacional. Talvez falte envolver a população para manifestar o seu apoio ao “querido” presidente, dando assim mais força aos seus argumentos.

Enquanto este imbróglio diplomático continua, os governos reconsideram o desarmamento para rearmar as suas forças, como o Japão. Quando, de facto, o mundo perceber que deve ter uma posição mais firme e pragmática relativamente a estes países já será tarde de mais. Então, ninguém se atreverá a calar nações que só sabem responder com o uso de armas nucleares.

3 Comentários:

Blogger Elise disse...

Parabés pelo blog.

Kim Jong I| também quer "cenouras" da comunidade internacional por isso decidiu mostrar que ainda é um enfant terrible.

11:32 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

Enjoyed a lot! » » »

11:34 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

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2:16 da manhã  

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