Na caixa que mudou o mundo
Após ter visto o final da terceira temporada da série Lost, tenho de reconhecer que os argumentistas e produtores são extremamente inteligentes. Esta série trouxe uma lufada de ar fresco no processo de escrita de folhetins de que muitas outras séries agora se inspiram.
A série é tão inovadora que a rede de televisão americana ABC fez um contrato com os produtores até 2010. A série acabará nesse ano. Isto quer dizer que a construção dos episódios obedece a uma lógica narrativa e não anda ao sabor das audiências. Também, não sou ingénuo. Reconheço que a participação efémera do actor brasileiro foi uma aposta falhada, visto que a sua personagem não tem qualquer fundamento no cerne da história.
O dois episódios finais são avassaladores. Quem conhece a série, sabe que há momentos de flashbacks ou analepse em que se mostra o percurso de uma determinada personagem antes da queda do avião. Nesses últimos dois, sem o saber, os intervalos na narração dos perdidos na ilha, dão lugar a flash-forwards ou prolepses - saltos no futuro - em que se vê algumas personagens já em plena cidade, depois, suponho eu, de terem sido salvas da ilha. No último momento, encerrando a terceira temporada, é que percebemos que são momentos futuros e não passados como a série nos tinha habituado.
Em termos de construção narrativa é genial. Muitos mistérios já foram desvendados, mas há um que tinha dado lugar a suposições. A ilha não é de todo o purgatório ...
Lost é sem dúvida um fenómeno televisivo. Resta esperar até 2008 para a continuação...
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