Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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sábado, março 17, 2012

Autonomias em pé de guerra



1. A relação entre os dois governos das Regiões Autónomas está a desmoronar-se a olhos vistos. Se dos Açores, o Presidente se vangloria de ter as contas em ordem apesar da situação desesperante de pobreza e de desemprego, da Madeira, temos um Presidente orgulhoso do seu legado, apesar de ter colocado a sua Região em situação de bancarrota.

Na atual situação, por uma questão de respeito para com os milhares de açorianos e madeirenses que estão a sofrer devido à crise, nenhum dos dois está em posição de cantar vitória, muito menos de andar por aí a autoelogiar os seus feitos. Exige-se humildade aos dois governantes. Mas a situação é bem pior, porque, como já o dissera em artigos anterior, quem perde são as autonomias regionais. Num momento em que o país está a mudar a sua organização política e económica, as autonomias não vão ficar de fora desse processo, daí a necessidade de estarem unidas quando for para se juntar à mesa das negociações com o Governo da República.

Pelo menos, na parte que toca aos Açores, Carlos César devia pensar menos no Partido Socialista e mais em si próprio, preparando uma saída airosa do poder, ao invés de se meter numa luta política pífia que não dignifica a sua pessoa, muito menos o cargo que ocupa.

2. É um facto que os Açores ultrapassaram o 75% do PIB europeu (coisa que acontece desde 1998 na Madeira), o que comprova o desenvolvimento da Região. Mas não é líquido que a situação se mantenha assim, tendo em conta o retrocesso nas condições de vida dos açorianos que agora se verifica desde final de 2011. O que se ganhou pode rapidamente vir a perder-se nos dois próximos anos.

Mas como estamos em campanha eleitoral é compreensível que o PS reclame para si essa conquista e a tente empolar junto da comunicação social. O que já não é aceitável é a forma como alguns políticos influentes do PS tentam condicionar a comunicação social regional por alegadamente não dar o devido destaque a essa informação.

Refiro-me em particular ao deputado José San-Bento que num artigo de opinião, intitulado “o PIB dos Açores já não conta?”, acabou por pôr em causa a imparcialidade da comunicação social açoriana porque, para ele, “Não escondeu a verdade mas não imprimiu a dimensão de otimismo e de geração de confiança que o facto impunha e que a circunstância exigia”.

Ao PS, já não lhe basta ter o GACS, assessores de imprensa para cada Secretário Regional, Presidentes de Câmara e outros figurões políticos para divulgar os seus feitos: é preciso condicionar os poucos jornalistas independentes que ainda restam nos Açores. Depois, que não se queixem de quem os acuse de falta de oxigénio democrático.

A este ritmo, a campanha eleitoral pode acabar muito mal. Por favor, um pouco de lucidez e sensibilidade, senhores políticos.

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