Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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terça-feira, agosto 09, 2005

Presidenciais avant la lettre

O verão começou. As notícias são sempre as mesmas: seca, incêndios, portugueses que apertam o cinto e, para tal, vão passar férias ao Brasil e fazer compras a Espanha. É a crise. Em breve, teremos novidades em relação ao destino de férias dos nossos queridos políticos. O mais certo é “fugirem” do país por uns tempos pois, por aqui, as coisas vão de mal a pior.
Em breve, teremos novas eleições: as autárquicas. A imprensa podia, periodicamente, escolher um concelho do país e analisar as propostas dos concorrentes às respectivas câmaras, analisando o que foi feito, o que está bem feito, o que está mal feito e o que falta fazer. Seria uma forma de pôr os cidadãos a discutirem a sua concelhia e, mais que tudo, a sua terra. Porém, a Comunicação Social prefere discutir um possível confronto nas presidenciais entre Mário Soares e Cavaco Silva. O país ficou aborrecido, nada melhor que um pouco de picante para animar.
Os partidos políticos alinham no esquema. Se não for mais, alinham à força, porque os jornalistas orientam as suas entrevistas em função do que querem. É uma situação lamentável, mas já não se pode fazer nada. Aceitemos, então, o desafio de opinar sobre as próximas eleições presidenciais.
Não há nenhum candidato oficial. Tudo não passa de especulação. Até eu poderia ser candidato a candidato, mas ainda não tenho idade, por isso excluo-me. Cavaco Silva, ou o senhor Silva para os amigos, é, desde há mais de um ano, possível candidato da Direita. O ex-primeiro ministro, com um currículo académico e político invejáveis, poderia ser uma contrabalança do poder socialista no actual governo. Mário Soares, figura histórica da democracia em Portugal, seria um óptimo presidente da república. No entanto, este último tem dois senãos. Já foi presidente e tem mais de 80 anos. Não pondo em causa o seu vigor físico e mental, que aparentam serem muito saudáveis, a possível candidatura de Mário Soares é a prova de que a Esquerda não se renovou o suficiente – o próprio defendera o mesmo no seu programa de televisão, na SIC Notícias. Viver do passado é perturbante. A situação do país é complicada. Contudo, procurar numa grande figura do passado a esperança do futuro não pode ser mais constrangedor. Parece que os políticos mais novos não são competentes o suficiente para desempenhar o cargo de presidente da república. Podemos, de igual modo, especular sobre uma outra razão. A candidatura de Cavaco Silva é tão forte que não existe, no actual panorama político, alguém que o possa defrontar com algum sucesso.
Já está. A análise dá-se por concluída. É melhor aguardar para o momento em que os candidatos apresentem oficialmente as suas candidaturas. Por agora, é importante reflectir sobre o estado das câmaras municipais, das juntas de freguesia, etc. Mas, mesmo aqui, cuidado. Trata-se de pensar sobre as cidades, vilas e aldeias e não de discutir a presença da mulher e do filho do candidato na campanha.

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