Onde estão as crianças de Haifa?
O conflito entre Israel e o Líbano promete intensificar-se. Os israelitas usam todo o seu poderio militar contra a milícia do Hezbollah que surpreende pela capacidade de resposta. O número de baixas civis aumenta consideravelmente. A comunidade internacional manifesta-se pelas ruas em prol da paz. No entanto, muitos manifestantes já tomam partido e o exprimem publicamente. Acusam o estado Hebreu de usar uma força desproporcional à do Hezbollah. Acusam igualmente os Estados Unidos de apoiar “as bombas de Israel” e a União Europeia de não fazer nada. Ao mesmo tempo, vestem lenços árabes e expõem cartazes de solidariedade para com o povo Líbano.
O povo Líbano merece a solidariedade e o carinho do resto do mundo. Mas não é o único. O povo de Israel também o merece. Porém, pelas imagens que circulam pelas televisões do mundo, não é isso que acontece.
De um lado, temos militares, do outro, uma milícia armada. Esta guerra não é convencional. Não se pode afirmar que são duas nações a combaterem uma contra a outra. Quem governa o Líbano não é o Hezbollah – mesmo tendo um ministro no governo – O “verdadeiro” governo está calado, demasiado calado até. Nunca controlou o sul do país, o que seria a sua obrigação. Por isso, quando se fala em baixas civis, estarão os milicianos mortos em combate a serem considerados de civis?
Acusa-se Telavive de bombardear indiscriminadamente as populações libanesas. E os rockets que atingem a cidade de Haifa? A comunidade internacional, por intermédio das organizações de apoio humanitário, manda bens de todo o género para ajudar os refugiados libaneses. E os habitantes de Haifa, a terceira maior cidade de Israel? Fugiram, tal como os outros, para não serem mortos pelos rockets. Quem os ajuda para além dos próprios israelitas?
Mais uma vez, para além da guerra suja a que assistimos sentados confortavelmente no sofá, assistimos também a uma campanha informativa descaradamente anti-Israel e, porque não anti-semita. O governo do Líbano acaba por ter mais medo dos seus dos seus compatriotas radicais islâmicos do que das bombas de Israel.
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