Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, setembro 21, 2008

A cena dos independentes


Quando vejo o Partido Socialista pregar em alto e bom som as vantagens de incluir independentes nas listas eleitorais, remexo-me na cadeira com uma vontade irresistível de rir. Sem querer, vêm-me a memória os tristes episódios dos ministros independentes convidados por José Sócrates no início do seu mandato e que não aguentaram a pressão política que vinha quer da oposição, quer da comunicação social e, quiçá, da própria estrutura interna do PS.



De um ponto de vista da análise política, o facto de Carlos César convidar pessoas de fora do PS Açores mostra o quanto sabe que o partido em si, ao fim de 12 anos de governação, pouco de inovador tem para apresentar aos açorianos. A renovação pretendida até parece ser bem equacionada. Pelo contrário, por estar respectivamente há 12 anos na oposição, o PSD Açores possui na sua estrutura partidária elementos com ideias, vontade e competências para desempenhar cargos governativos. Pelo menos, assim o deverá ser. Ouvir a sociedade civil é sempre benéfico, no entanto, nenhum programa político é feito só com base nessa audição. A ideologia que define e distingue os partidos uns dos outros representa a essência da política, por isso, falar em independentes será uma formulação facciosa, pois entre essas pessoas e o partido que as convida haverá sempre uma aproximação ideológica, o que significa que, a maior parte das vezes, só é considerado independente quem não tem filiação partidária.



Mesmo sem sondagens, o PS Açores parece bem encaminhado para uma nova vitória eleitoral. À primeira vista, é o que parece. Contudo, quem andar pelas ruas, auscultando as pessoas, vê que há um descontentamento crescente para com o actual governo regional. Sente-se que há também um certo receio em afirmá-lo de viva voz, sobretudo por aqueles que dependem do governo regional na sua vida pessoal e profissional. Alguns notáveis do partido aproveitam esta altura para dar conta - e bem - do que foi cumprido pelo governo, anunciando o que ainda será feito em caso de vitória. Porém, outros usam da maledicência para dar nos partidos da oposição, assumindo-se como pseudo-especialistas em Marketing ou Relações Públicas. Claro, para quem espera sempre elevação por parte de quem tem responsabilidades políticas, a desilusão é uma constante neste momento importante para a democracia. As campanhas eleitorais proporcionam sempre momentos infelizes, alguns até vergonhosos.


O PS Açores, ou por causa das declarações de alguns militantes ou por iniciativas com o rótulo do governo regional, tem sido infeliz e inoportuno. Em primeira e última análise, caberá aos eleitores avaliar a qualidade dos candidatos de todos os partidos a deputados; cabe a eles avaliar a pertinência e a criatividade dos outdoors com os slogans que os partidos usam. Seria ingenuidade minha não perceber que o combate político também envolve este tipo de estratégias, mas de lá partir para o insulto quase pessoal não pode ser aceitável e deve ser até condenado. E, de mais a mais, este tipo de atitude constitui um insulto à inteligência dos eleitores. Quanto às iniciativas, Carlos César e o PS Açores não precisavam de usar da promiscuidade entre partido e governo para lançar o kit autonómico. Pior do que uma jogada eleitoralista, a interpretação que se faz da iniciativa neste preciso momento é de que se anda a comprar “guerras” contra o Presidente da República. Aos poucos, o Presidente do Governo Regional da Madeira assemelha-se a um cordeirinho.



A discussão política deve incidir sobre as ideias que os partidos apresentam. Reconheço que não seja fácil evidenciar o partido com as melhores propostas. Por um lado, continuar com PS pode ter vantagens, mas traz também muitas dúvidas e apreensão, pois, apesar do forte crescimento da região nos últimos anos, os indicadores principais como os da aérea social ou educativa continuam muito aquém do esperado. O próprio progresso de que o PS se orgulha trouxe muitas vicissitudes a um povo humilde e pacato. Destaco a desertificação e empobrecimento das ilhas mais pequenas, em detrimento de um desenvolvimento colossal em São Miguel que conduziu a assimetrias que põem em causa a própria natureza e a história dos Açores. Por outro lado, apostar no PSD é sempre escolher o caminho desconhecido e, em tempos de crise, a tendência é para não arriscar. “Melhor é possível” como diz o lema laranja e acredito que qualquer um destes dois partidos fará melhor. É uma constatação da simples e natural evolução das coisas.



A dúvida reside em saber quem é capaz de fazer melhor do que outro. Eis a diferença que fará com que ou Carlos César ou Carlos Costa Neves seja o novo inquilino do Palácio de Sant´Ana.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Excelente Postal
JNAS

11:23 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

BOA TARDE EU QUE VOTEI CARLOS CESAR , E DE PRONTE QUE NÃO VOTAREI NELE OUTRA VEZ PELO FACTO , DE ESTE SENHOR EM CAMPANHA PELA CANDIDATURA DO ACTUAL PRESIDENTE DE CAMARA DA ribeira grande ,se ter feito de burro para comer milho em especial na vila de rabo do peixe e depois de ter ganho abandonar tudo e todos ,e dizer acho sim que este senhor presidente carlos cesar não tem mais ideias , tornou-se ameaçador , arrogante sinico ,não me admira em nada o senhor carlos cesar, o senhor ricardo silva da ribeira grande pucharam o socraste , quando se fala dos problemas dos portugueses as realidades , eles simplesmente riam-se no minimo são sinicos , gosto quando o carlos cesar fala na criação de não sei quantas empresas , lembrar este senhor que deixar fechar uma empresa com 60 postos de trabalho como ele está a tentar fazer e depois criar 30 empresas com dois funcionários é simplesmente triste , pois é a arrogancia tomou conta deste senhor carlos cesar e nota -se bem no seu olhar na sua estravagancia , é dificil largar o poder quando ele fáz tudo a seu belo prazer com o dinheiro dos contribuintes tambem eu faço melhor até , na minha terra diz o ditado não se cospe para o ar que não caia na cara, tanto se falou do doutor mota amaral este vái no mesmo caminho , mas tambem governar como o carlos cesar governa com os milhôs que vem da comunidade europeia, e mesmo assim e mesmo assim com estes melhôes fez apenas 50º/º doque poderia fazer o restante foi festas á fartazana e viagens comes e bebes etc, etc acho que está na hora certa de este senhor ir fazer sono para sua casa custra muito pra ele mas tem de ser para bem de todos nós .

4:31 da tarde  

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