Ele ainda diz que os outros é que lhe arruinaram a carreira
Correio dos Açores, 13 de Março de 2003
Tendo em conta que é eurodeputado, vou tentar exprimir a minha opinião sobre o assunto de forma séria.
Antes de mais, o chinês não é uma língua. O mandarim é que é.
Depois, o ensino primário já tem o inglês e, obviamente, levará alguns anos até se consolidar na aprendizagem dos miúdos.
O ensino do mandarim ou o árabe é bastante interessante. Contudo, a única hipótese viável para que seja isto exequível seria tornar as escolas uns internatos em que os miúdos só saem de lá quando fazem 18 anos.
As crianças já têm um horário que está sobrecarregado com as novas áreas curriculares que foram implementadas.
Para finalizar, nos Açores o currículo regional que ainda está numa fase inicial (ainda não se percebeu muito bem como vai ser operacionalizado) não contempla o ensino de línguas exóticas.
Na verdade, o problema está mesmo em Paulo Casaca. É um candidato que o PS escolheu para sacrificar. A suas outras propostas são óbvias e, mais uma vez, revelam que de boas intenções a política está cheia. E não me venham com contas estapafúrdias sobre o tempo que Berta Cabral deve dipensar na campanha para PDL. Ao contrário dos outros candidatos, ela vai ser julgada pelo que fez enquanto que os outros candidatos vivem de propostas e intenções mais ou menos irrealistas. (isto serve para qualquer candidato, a qualquer câmara).
Este é o problema da Democracia, por isso é que é imperfeita. E por isso é que considero a limitação de mandatos a maior reforma que o PS de Sócrates fez. É um pequeno passo contra a corrupção, mas um grande passo contra o caciquismo político em Portugal.
1 Comentários:
"...línguas exóticas"
Bonita expressão... Apesar de ser inusitado o ensino das ditas línguas nas nossas escolas, parece-me bem descabido chamar-lhes "exóticas".
Diga-me lá: na Escandinávia, o português também não é exótico?
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