Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, março 15, 2009

Paraíso Perdido IX

Mais valia nunca do que tarde

Foi preciso estarmos em crise – e por isso tardiamente - para os governos perceberem que os créditos directos eram um perigo para os cidadãos. Neste socialismo moderno e progressista que comanda o novo Titanic para as profundezas do oceano, professava-se a igualdade em tons utópicos, pois segundo esta teoria qualquer pobre podia ser rico sem nada fazer por isso, nem demonstrar um talento ou uma aptidão em especial.

Bastava telefonar e obtinha-se dinheiro para um carro, uma viagem de sonhos ou uma televisão de última geração. Bastava ligar e recebia-se dinheiro para pagar uma dívida que apertava o orçamento da família. Um só telefonema e qualquer um se tornava o Bill Gates da sua terra. Nunca ninguém ligara a sério às altas taxas de juro que eram praticadas nesses empréstimos. Ficava para pagar mais tarde. Infelizmente, este mais tarde chegou e foi preciso a crise dar cabo da economia mundial para os maiores especialistas do mundo na matéria reconhecerem que estes “sub-primes” e outros produtos chamados “tóxicos” são autênticos desastres da criação humana.

O povo sempre disse, e com razão: “quem não tem dinheiro, não tem vícios”. O mais difícil agora é saber quem vai pagar os excessos cometidos. As pessoas já perceberam que o tempo da ostentação fácil acabou e que é preciso voltar à dura realidade. E, para coroar o bolo, há já quem defenda a necessidade de se reduzirem os salários. Com este triste desfecho e perto do abismo sem ter para onde fugir, aposto que não falta quem esteja tentado em assaltar um banco ou uma bomba de gasolina. Depois de premer umas teclas, basta agora premir o gatilho e o dinheiro continuará a jorrar.

Todos os caminhos vão dar a Luanda

Na política, o cinismo é uma algo de sensacional. O Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, foi recebido com toda a pompa pela República portuguesa. Muitos se revoltaram com essa atitude subserviente das mais altas figuras do Estado português perante um homem que chefia um país pobre e corrupto. O Bloco de Esquerda foi o único partido político que se encheu de coragem para recusar apertar a mão ao presidente angolano. De facto, o Bloco de Esquerda é um partido cheio de virtudes que se orienta por uma postura assaz coerente.

Deixando-me de cinismos, é preciso reconhecer que interessa aos portugueses e aos angolanos os dois países manterem boas relações. Portugal, tal como a maior parte das nações europeias, tornou-se no que é à custa de muito sangue, sofrimento e sacrifícios. Por isso, não se pode exigir que Angola se transforme numa democracia consolidada em meia dúzia de anos. Infelizmente, o caminho para a democracia tem de ser trilhado enfrentando todos os obstáculos que a sua construção acarreta.

A economia de mercado ajudará a acelerar o processo de democratização, pois nenhum investidor apostará num país ditatorial e nenhum ditador ficará eternamente no poder, sem que o seu povo se revolte.

Eu é que sou o Presidente!

O PS Açores, pela mão do seu presidente Carlos César, ignorou as propostas de combate à crise da autoria do PSD. Escolhendo o pior caminho, ainda acusou o maior partido da oposição de ser irresponsável e de não saber fazer contas.

Esta atitude tem um nome: arrogância. A permanência prolongada no poder dá nisto: “só nós é que sabemos; só nós é que somos competentes e os outros nada percebem do assunto”. Seria previsível que o PS tomasse esta posição sobranceira e negativa; é reconhecida a pouco humildade que existe no partido e nos seus responsáveis. Ao PSD só lhe resta continuar o seu trabalho, apresentando as suas medidas na Casa da Democracia açoriana para que o PS continue com esta estratégia destrutiva e que só o prejudica.

Daqui quatro anos, quando o PS for posto fora do Palácio de Sant’Ana, já nenhum açoriano aguentará com este “eu quero, posso e mando” socialista.

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