Paraíso Perdido VIII
Imaginem que Angra é uma cidade com um dinamismo cultural que faz jus à sua história e ao seu património; imaginem que o centro da cidade não tem edifícios devolutos, que as ruas, ruelas e calçadas estão arranjadas e cuidadas; imaginem que centenas de jovens instalaram-se na cidade porque a Câmara conseguiu criar mecanismos que possibilitem rendas baixas para quem está no início da sua vida profissional; imaginem que é comum ver-se grupos de turistas acompanhados por um guia, descobrindo as riquezas da cidade património; imaginem que a poluição sonora é diminuta no centro histórico pelo facto de o trânsito ser quase inexistente; imaginem que no novo campus da Universidade dos Açores há todo um conjunto de programas para investigação, pós-graduações e doutoramentos, frutos de um protocolo firmado entre a Câmara de Angra, a Universidade dos Açores e o Governo Regional; imaginem que, no Inverno, a cidade tem os hotéis sempre com boa lotação por causa dos inúmeros congressos que se realizam, pois a parceria com as agências de viagens, a Câmara de Comércio e a Universidade é uma aposta acertada; imaginem, por fim, que sempre houve água em abundância no concelho porque, nos Açores este bem essencial e vital para um povo insular, é tratado como tal: um bem sagrado.
Fazendo parte do rol dos supostos “Velhos de Restelo”, não consigo ficar passivo ou calado quando vejo que a terra que me deu e me dá tantas alegrias está a ficar para trás. Por isso, rompendo com ideologias e partidarismos, estou inteiramente disponível para dar todo o meu contributo a quem o desejar.
Sem qualquer constrangimento, assumo-me como mais um que pertence ao rol dos admiradores da Presidente do PSD Açores, Berta Cabral. Como líder da oposição, tem quatro anos para mostrar que é possível fazer diferente e melhor do que o Partido Socialista.
Inaugurado há nove meses atrás, para espanto de todos, o novo ex-líbris de Ponta Delgada já precisa de obras de reabilitação e, pior ainda, outros problemas, um tanto ou quanto esquisitos, obrigam os responsáveis pelo sítio a encontrar um novo mecanismo para a sua viabilidade comercial, pois mais de metade dos espaços destinados ao comércio não paga renda.
Compreendendo as reclamações de quem lá tem o seu negócio, solidarizo-me e considero que todos nós deveríamos pagar menos renda nas épocas baixas. Mas sei que não é possível, porque um contrato é para respeitar. Por isso, o meu instinto empreendedor diz-me para abrir uma sucursal do “Cobrador de Fraque”. Deste modo, justiça será feita.
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