Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

A minha foto
Nome:
Localização: Praia da Vitória, Terceira, Portugal

domingo, janeiro 18, 2009

Paraíso Perdido

O Presidente da Ilha
O Presidente do Conselho da Ilha Terceira, António Maio, deu uma entrevista ao Diário Insular. Para além do espanto que a sua existência provoca, pois existir um Conselho de Ilha ou não existir não é uma questão, mas sim a mesma coisa, António Maio foi particularmente indelicado e até boçal nas suas palavras, o que justifica em boa parte a razão da ineficácia deste órgão consultivo. Tal como um professor que faz o balanço do comportamento dos seus alunos, o presidente, alegando não querer entrar em “politiquices”, fazia as apreciações sobre quem se portava bem no Conselho e lá dizia que os conselheiros do PSD Aurélio da Fonseca e Humberto Machado primavam por uma postura exemplar, ao contrário dos deputados do PSD e do PP (Clélio Meneses e Artur Lima), com assento no mesmo Conselho, que não sabiam honrar esse cargo. Para quem esperava uma análise sobre os problemas da Terceira e sobre as opções que o Conselho iria propor ao Governo Regional, bem pôde virar a página do jornal, porque nada disso foi abordado.
Por um lado, compreendo o Presidente. OO que vale é que os cidadãos percebem que essas individualidades nada trazem de novo ou de positivo, por isso optam por tomar as suas próprias iniciativas. Nada Conselho de Ilha não devia ter nenhum político no seu órgão. Mas a Ilha Terceira não merecia também um presidente do Conselho como o actual. melhor que uma crise existencial para que a sociedade civil ganhe uma nova vitalidade.


Onde pára Álamo?
Novo governo, vida nova. No verão passado, foi aprovada com a maioria do PS, a legislação sobre a avaliação aos professores dos Açores. O ex-Secretário, Álamo Meneses, tinha sido seu arquitecto e, segundo os sindicatos da classe, nas negociações era uma pessoa de trato difícil e intransigente. Contudo, os deputados da maioria socialista, muitos deles professores de profissão, aceitaram o modelo de avaliação. O mesmo partido, com o mesmo presidente, ganhou as eleições e agora o processo de avaliação, mesmo que nunca aplicado, já não se adequa ao novo perfil deste governo. Incoerência ou medo das possíveis manifestações? Talvez seja simplesmente o reconhecimento de que o anterior modelo de avaliação era penalizador, injusto e mal elaborado. Ainda bem que, de vez em quando, há eleições para dar uma luz de bom senso aos políticos. Quem não deve ter gostado dessa brincadeira é o novo Secretário do Ambiente. Vá lá, agora é que está a desempenhar as funções para quais é mesmo entendido, palavras do presidente Carlos César.

“Isto é que é a América!”
Durante a campanha para as eleições regionais, o candidato do PS, Carlos César, dizia que um dos seus amigos de infância, agora emigrado, se espantava com o progresso que os Açores tinham alcançado na última década. “Isto é que é a América!”, declarava ele com entusiasmo. De facto, quem vive nas grandes cidades da região e sente já algum receio de sair à noite ou passe de carro pelos inúmeros bairros sociais, observando jovens adultos que não fazem nada durante o dia, com crianças ao colo, a trocar objectos suspeitos entre si, só pode estabelecer comparações com os subúrbios de Filadélfia ou de Chicago. Mas desta América ninguém a quer, nem mesmo os americanos. Por cá, parece ser sinal de progresso.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial