Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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sábado, fevereiro 14, 2009

Paraíso Perdido V


Um novo Conselho de Ilha

Como já se percebeu ao longo destes últimos anos, o actual Conselho da Ilha Terceira tem uma direcção ineficaz e conflituosa, cujos resultados são insatisfatórios para não dizer coisa pior. O melhor, para não ser acusado de maledicência fácil, será propor uma alternativa a esse Conselho.

Como tal, aceito o desafio e começo a pensar no tipo de alternativa que posso sugerir. Na realidade, até é fácil. Antes de mais, é preciso acabar com o estatuto de órgão consultivo. Depois, eliminar qualquer potencial conflito que possa surgir por questões político-partidárias. E, para finalizar, ser-se activo ou pró-activo (conforme a moda lexical), galvanizando as pessoas em torno de um bem comum: a ilha Terceira e as suas gentes. Estes são os três fundamentos que devem ser seguidos para criar uma alternativa séria e credível ao actual Conselho de Ilha.

Dito isto, só falta encontrar um nome. Por isso, aproveito para sugerir alguns aos meus caros leitores. A escolha pode não ser fácil, mas os nomes até podem ser complementares uns dos outros. Que tal AJITER, Burra de Milho ou Mar Bravo? Não me lembro de mais nenhum, mas se souberem, caros leitores, digam-me. Não deve ser assim tão difícil fazer melhor do que o Conselho de Ilha.


Eleições Autárquicas

Enquanto cidades, vilas e algumas juntas de freguesia se encontram em estado de sítio por causa de obras públicas de todo o género (tradição típica dos políticos portugueses quando estão em vésperas de eleições), os açorianos assistem com gozo aos primeiros ensaios gerais da nova dança de Carnaval, cujo enredo bem podia ter como título: “vota em mim que sou mais fixe.”

Nessa tragicomédia que inclui também o concurso “Quem quer ser mais demagógico?”, os candidatos reclamam a elevação da sua vila a cidade, da sua freguesia a vila e do seu bairro a freguesia. Para mim, a minha casa é meu reino e eu sou rei. Assim ninguém me bate.

No meio desta triste patetice, que as campanhas autárquicas sempre proporcionam, existe alguma expectativa legítima e interessante que os eleitores/munícipes podem revelar. Quem serão os candidatos do PS à câmara de Ponta Delgada e do PSD à câmara de Angra? No primeiro caso, mesmo se as movimentações políticas apontam cada vez mais para a escolha de Paulo Casaca enquanto candidato do PS, considero que será mais um mártir escolhido erroneamente para o cargo. Aliás, para Ponta Delgada, só vejo um candidato à altura de Berta Cabral: Carlos César. Sendo uma probabilidade impossível, o resultado das eleições não terá muitas surpresas. No segundo caso, o PSD tem um problema complicado. Na gíria futebolística, diria que concorrer para a câmara de Angra pelo PSD é como chutar para um PS de baliza aberta. Os erros acumulados pela edilidade socialista são tantos que a vitória parece fácil. Concorrer para o cargo torna-se então tentador, daí ainda nada se saber acerca da identidade do oponente social-democrata. A discussão nos bastidores do partido deve ser intensa, porém quanto mais tempo levar a escolher o candidato, menos tempo terá para elaborar um programa de boa qualidade e delinear uma estratégia para a campanha. Obviamente, não quero influenciar ninguém, mas já sei em quem não vou votar.



As pontes da recta da Achada

Muitos impacientam-se com a demora com que as obras da via rápida estão a decorrer, outros acusam os empreiteiros envolvidos por não saber a quantas andam e da mais provável derrapagem financeira que daí resultará. Eu devo ser dos poucos que aguarda com grande entusiasmo a conclusão desta obra de regime que mais irá contribuir para o progresso da ilha Terceira.

Pela primeira vez, ao contrário do que sempre aconteceu no passado, os açorianos da Terceira terão algo que não existe em São Miguel: uma estrada com pontes exclusivamente para vacas. Imagino o potencial turístico desta ideia fantástica: excursões ao Domingo para ver as vacas a passarem por cima, enquanto os visitantes tiram fotografias para recordarem mais tarde com a família da América. Imagino a abertura de uma nova rota aérea com a cidade de Nova Déli, na Índia, para eles verem como também aqui as vacas são sagradas. Estas são algumas das novas valências que a via rápida nos irá proporcionar. Mas será que alguém que já pensou seriamente no assunto?

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