Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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sábado, fevereiro 07, 2009

Paraíso Perdido IV

A saga continua

Tal como o vírus da gripe das aves, o neo-separatismo alastra a grande velocidade pela região e parece que ninguém o quer parar. Tendo o novo Estatuto Político-administrativo dos Açores como incubadora e os políticos populistas como agentes contaminantes, esta nova vaga de autodeterminação açoriana promete fazer grandes estragos para a Nação. A culpa não é deles, verdade seja dita. A culpa é mesmo dos políticos do continente, mais interessados no imediato do que nas consequências futuras dos seus actos demagógicos.

Vem isto a propósito da nova moda taurina terceirense que consiste em pretender que a Sorte de Varas seja legalizada na região. O que mais me impressiona não são os aficionados que ambicionam esta autorização legislativa - por eles, às tantas, se houvesse morte do touro na arena açoriana seria o sonho realizado. Na verdade, o que me impressiona e revolta são os políticos que, reconhecendo não apreciar esta “arte”, valorizam esta manifestação cultural que, assumamo-lo ou não, implica o sofrimento de um animal.

Ninguém disse que uma civilização tinha um só caminho que implicasse unicamente o progresso. A História mostra-nos que muitas civilizações regrediram no seu processo de construção e consolidação, sobretudo por motivos religiosos e culturais. Não, não sou Verde, muito menos Bloquista, mas é este tipo de intenções políticas bárbaras que me faz compreender a razão pela qual existe tais partidos.

Vendetta

Sobre a polémica em que está envolvido José Sócrates, o que me parece importante destacar é que uma das mais altas figuras do Estado português se encontra refém ou de alguma cabala, ou então dos seus próprios actos mafiosos. Consciente da minha mediocridade enquanto investigador de polícia, nem sequer vou explorar a segunda hipótese. Mas a primeira, a tal teoria da conspiração, preocupa-me muito. Como pode o representante de um cargo tão vital para uma nação, como é o de Primeiro-ministro, com as vantagens e os privilégios que a função lhe dá, tornar-se tão indefeso perante ataques tão violentos? Perante uma situação tão grave, porque a própria segurança do Estado está em causa, como pode um Primeiro-ministro falar em “campanha negra”, como se estivéssemos perante entidades maléficas misteriosas, quando a sua obrigação seria a de denunciar ad hominem ou exigir que se investigue quem a faz?

No meio destas dúvidas, uma certeza: ou os autores das suspeições contra o Primeiro-ministro dizem a verdade, ou então que fujam. Uma boa vingança é sempre servida fria.

O quinto canal

Nos últimos anos, a televisão por cabo tem aperfeiçoado e diversificado a sua oferta, permitindo uma autêntica revolução nos lares portugueses. Contudo, os canais televisivos não vivem do ar e precisam de altas receitas publicitárias para sobreviver. Sendo Portugal um país pequeno, e por isso com uma vivacidade publicitária limitada, não se compreende que o Governo da República atribua uma licença para um quinto canal em sinal aberto. Os interessados que tiverem procedido a um estudo do mercado verificarão facilmente que todas as faixas sociais e etárias se encontram abrangidas pelos canais em sinal abertos já existentes. Os canais temáticos por cabo, cujo objectivo é abarcar a escolha do telespectador com vista a um nicho de mercado muito específico, colmatam as restantes lacunas. Por isso, fica por entender que margem de sucesso terá esse futuro canal.

Não obstante o desafio criativo e inovador que o quinto canal constitui para quem ficar com a licença, é de esperar que, por uma questão de comodismo, aposte infelizmente em programas telelixo que já abundam nos canais privados, nomeadamente na TVI.

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