Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, junho 16, 2013

A Descredibilização da América




Barack Obama apresenta-se no G8 bastante fragilizado depois do escândalo sobre o programa de “ciberespionagem”. Quando todos pensavam que a paranoia antiterrorista dos tempos de Bush tinha desaparecido, eis que os acontecimentos recentes mostram que está mais viva do que nunca. 

            É oficial: vivemos numa sociedade orwelliana. A devassa da vida privada, sob o pretexto da segurança nacional, tornou-se realidade. Apesar da polémica, não é nada que surpreenda, pois com a proliferação de videovigilâncias, de escutas telefónicas e de ataques cibernéticos por hackers, era de esperar que governos, como o americano, caíssem na tentação de montar uma vasta operação de espionagem através dos novos meios de comunicação. O facto de ter sido um cidadão americano, ex-agente da CIA, a revelar este segredo é que torna a situação grave e embaraçosa por três razões: a primeira tem que ver com um certo amadorismo e desleixo, porque, pelos vistos, qualquer operacional dos Serviços Secretos tinha conhecimento da operação e respetivo acesso; segundo, apesar de empresas como Facebook ou Google jurarem que os dados dos seus clientes estão protegidos, fica a suspeita que estão coniventes com a Administração americana; por fim, o facto de ter sido um cidadão americano a fazer as denúncias comprova que há limites para o patriotismo. 

            Durante o G8, Barack Obama vai apresentar provas em como o regime sírio está a usar armas químicas contra os rebeldes. Contudo, desde aquela farsa de Colin Powell nas Nações Unidas, a credibilidade da América ficou gravemente abalada. Perante o apoio da Rússia ao presidente sírio, Bashar al-Assad, será muito difícil convencer os outros países a intervir militarmente na Síria. 

            Não deixa de ser preocupante sentir que existe uma certa complacência com a situação, provavelmente, pelo facto de o Presidente dos Estados Unidos ser o democrata Barack Obama.

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