Safari em Portugal
Como acontece nos últimos anos, neste verão, parte do país foi a banhos e outra esteve em chamas. Não vou especular sobre o que devia ter sido feito, pois não percebo nada do assunto; até tenho medo de acender um fogão!
Critica-se o governo por não decretar calamidade pública nas regiões mais atingidas e o primeiro-ministro por não ter interrompido as suas férias no Quénia, como se de um bombeiro se tratasse. Fez bem. E de certeza que pensou duas vezes se voltava para Portugal depois de meio ano de governação. Apesar desta clemência, ainda existem dúvidas.
Segundo as declarações do Ministro da Administração Interna, decretar calamidade pública só traria prejuízos para as populações. Vai-se lá perceber então por que existe. É interessante reparar que mal José Sócrates iniciou novamente as suas funções os incêndios intensificaram-se e acabou por pedir ajuda internacional (algo que António Costa não se lembrou de fazer na ausência do seu superior). Mais dúvidas.
O país, com este e anteriores governos, provou que a maioria absoluta só traz instabilidade. A lista das trapalhadas deste governo socialista já é bem extensa. Vejamos os principais pontos negros desta governação, ainda nos seus primórdios:
· Subida dos impostos (na campanha eleitoral, José Sócrates repetira inúmeras vezes que não o faria);
· Demissão do Ministro das Finanças (erro de casting, pois o ministro mais importante do governo tinha ideias bem diferentes das do primeiro-ministro);
· Nomeação de uma nova administração na Caixa Geral de Depósitos sem apresentar argumentos plausíveis sobre as razões da demissão da anterior direcção (a ideia que fica é que este acto consistiu numa nova operação “job for the boys”).
Interessante é reparar que a nova trapalhada que aparece surge uma nova decisão política ou intriga que desvia a atenção da comunicação social e, consequentemente, da opinião pública. Foi o caso dos projectos do possível aeroporto na Ota e do TGV e, ainda, a possível candidatura de Mário Soares à presidência da república. Sobre o primeiro, os debates têm sido positivos na maior parte dos casos. Porém, o governo ainda não apresentou nada de concreto que pudesse justificar a realização dessas futuras obras – não se comenta os artigos de opinião do ministro com o pelouro das obras públicas em que basicamente insulta quem se opõe à posição do governo. Sobre o segundo aspecto, entre ambições políticas e amizades, para mim, não há escolha possível. Mas isto é uma questão de princípios.
O Presidente da República, tão atento nas anteriores legislaturas, remeteu-se ao silêncio. É verdade que o seu mandato chega ao fim, mas acaba por ser pouco coerente se compararmos com o seu passado recente.
Para muitos, é bom voltar de férias, rever os colegas de profissão e reiniciar a rotina da vida. Os mais felizes deveriam ser os políticos porque têm a nobre missão de servir a população e o país. Contudo, quando se sabe que a população quase vira a cara ao lado e só não incita a uma nova revolução de Abril porque o país pertence à União Europeia dá vontade de desistir e fugir para o meio dos animais selvagens.
Critica-se o governo por não decretar calamidade pública nas regiões mais atingidas e o primeiro-ministro por não ter interrompido as suas férias no Quénia, como se de um bombeiro se tratasse. Fez bem. E de certeza que pensou duas vezes se voltava para Portugal depois de meio ano de governação. Apesar desta clemência, ainda existem dúvidas.
Segundo as declarações do Ministro da Administração Interna, decretar calamidade pública só traria prejuízos para as populações. Vai-se lá perceber então por que existe. É interessante reparar que mal José Sócrates iniciou novamente as suas funções os incêndios intensificaram-se e acabou por pedir ajuda internacional (algo que António Costa não se lembrou de fazer na ausência do seu superior). Mais dúvidas.
O país, com este e anteriores governos, provou que a maioria absoluta só traz instabilidade. A lista das trapalhadas deste governo socialista já é bem extensa. Vejamos os principais pontos negros desta governação, ainda nos seus primórdios:
· Subida dos impostos (na campanha eleitoral, José Sócrates repetira inúmeras vezes que não o faria);
· Demissão do Ministro das Finanças (erro de casting, pois o ministro mais importante do governo tinha ideias bem diferentes das do primeiro-ministro);
· Nomeação de uma nova administração na Caixa Geral de Depósitos sem apresentar argumentos plausíveis sobre as razões da demissão da anterior direcção (a ideia que fica é que este acto consistiu numa nova operação “job for the boys”).
Interessante é reparar que a nova trapalhada que aparece surge uma nova decisão política ou intriga que desvia a atenção da comunicação social e, consequentemente, da opinião pública. Foi o caso dos projectos do possível aeroporto na Ota e do TGV e, ainda, a possível candidatura de Mário Soares à presidência da república. Sobre o primeiro, os debates têm sido positivos na maior parte dos casos. Porém, o governo ainda não apresentou nada de concreto que pudesse justificar a realização dessas futuras obras – não se comenta os artigos de opinião do ministro com o pelouro das obras públicas em que basicamente insulta quem se opõe à posição do governo. Sobre o segundo aspecto, entre ambições políticas e amizades, para mim, não há escolha possível. Mas isto é uma questão de princípios.
O Presidente da República, tão atento nas anteriores legislaturas, remeteu-se ao silêncio. É verdade que o seu mandato chega ao fim, mas acaba por ser pouco coerente se compararmos com o seu passado recente.
Para muitos, é bom voltar de férias, rever os colegas de profissão e reiniciar a rotina da vida. Os mais felizes deveriam ser os políticos porque têm a nobre missão de servir a população e o país. Contudo, quando se sabe que a população quase vira a cara ao lado e só não incita a uma nova revolução de Abril porque o país pertence à União Europeia dá vontade de desistir e fugir para o meio dos animais selvagens.
1 Comentários:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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