Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

A minha foto
Nome:
Localização: Praia da Vitória, Terceira, Portugal

quarta-feira, outubro 25, 2006

Oportunidade de ouro para a oposição

O mês de Outubro tem sido negro para o governo. Aquilo que no passado se chamava de "trapalhadas" representa, actualmente, pequenos problemas de articulação entre os ministros. Desde a proclamação do final da crise pelo Ministro da Economia, do discurso infeliz do secretário da energia, das imprecisões do Ministro da Saúde relativamente às novas taxas, da reviravolta sobre as SCUT, o país assiste passivamente ao fim do estado de graça do governo de José Sócrates.

Ninguém pede eleições antecipadas como o foi exigido no governo chefiado por Santana Lopes. Não há razões para tal. No entanto, as falhas já são muitas e despertam preocupação. O fim da SCUT em estradas estratégicas do país não pode será considerado como uma forma de criar receitas extraordinárias, tendo em conta que o Partido Socialista prometera em campanha eleitoral a continuação desta política, de forma a reduzir as assimetrias regionais? A actual postura do governo é preocupante porque o rumo que parecia definido não passa, afinal, de uma mentira. Durão Barroso também cortou com muitas despesas e impôs medidas de austeridade, mas não foi tão ambicioso porque sabia que os partidos de Esquerda seriam implacáveis nas manifestações e no impedimento da prossecução das suas políticas. O PS, por ter a corda ao pescoço tal como os anteriores executivos, faz exactamente o mesmo, pensando que a população será mais branda. Mas não. A contestação social aumenta a cada dia que passa, com anúncios de novas greves e manifestações.

Basta de pôr as pessoas umas contra as outras; basta de bater na Função Pública. Se o Estado quer os melhores, tem de aliciá-los com garantias. A meritocracia, que é uma política salutar, tem de ser instituida com base em medidas atractivas e não promessas de reduções de todo o tipo e com o desprestígio de uma determinada classe profissional.

A oposição tem a oportunidade de ouro para se afirmar num contexto de fragilização e até de desconfiança por parte da população. Aqui ser-se do contra e fazer uso dos poderes que são atribuidos à oposição é positivo. Por exemplo, na polémica das SCUT, o PSD ganhou essa batalha e só tem é de forçar o governo a rever toda essa política, porque, se os socilasitas acreditam na justiça e na igualdade, devem explicar muito bem porque essa medida é aplicada num determinado sítio e não noutro.

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial