Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

A minha foto
Nome:
Localização: Praia da Vitória, Terceira, Portugal

terça-feira, novembro 06, 2007

De 2008 orcamentum

O tão falado duelo aconteceu e acabou por defraudar as expectativas. O diálogo sobre o passado entre Santana Lopes e José Sócrates era necessário. Doravante, não haverá razões para que o Primeiro-ministro ataque outra vez a Direita e a sua desgovernação que o levou ao poder.
Santana Lopes podia ter feito melhor, mas o debate continua nos próximos dias e, no discurso de amanhã, poderá superar a prestação de hoje que foi nitidamente fraca e aquém do esperado.
Destaque para a outra oposição que foi acutilante, nomeadamente Paulo Portas, que foi certeiro nas críticas e que soube desmitificar certas medidas apresentadas no Orçamento que não passam de mera cosmética, sem efeitos consistentes na economia, como por exemplo as medidas fiscais para as empresas do interior.
Fransico Louçã levantou uma questão pertinente que há muito me intrigava. Como se pode estabelecer um contrato com uma empresa privada - BRISA - dando-lhe a concessão de um bem público durante praticamente 100 anos??
Ainda estou para perceber a razão do Primeiro-ministro apresentar medidas sobre a saúde no início do debate. As medidas são boas, mas o momento de as apresentar é muito discutível. Ninguém as desenvolveu, sabendo-se que nessa matéria há um largo consenso. Houve um cheirinho a populismo que ficou rapidamente esquecido, pois a ordem de trabalhos era bastante diferente.

2 Comentários:

Blogger PedromcdPereira disse...

"Doravante, não haverá razões para que o Primeiro-ministro ataque outra vez a Direita e a sua desgovernação que o levou ao poder." Dizes tu mon ami.

Doravante o Primeiro-Ministro sabe que tem no ataque à desgovernação da direita, que o levou ao poder, a salvação para qualquer apuro (ou só porque lhe apeteça chatear) em que esteja envolvido no parlamento (ou em qualquer situação de que Santana Lopes faça parte). Digo eu.

12:41 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

O Governo promete para 2008 apoiar a saúde dos portugueses, porém teve o cuidado de escolher somente a procriação medicamente assistida, a inclusão da vacina contra o cancro do colo do útero no programa nacional de vacinação e apoio na saúde oral dos jovens, das grávidas e dos idosos. Mas nem todos os idosos terão direito à ajuda, só os que tiverem um rendimento abaixo de 309 euros é que poderão dela beneficiar, se ainda tiverem dentes, é claro! Os restantes cidadãos têm os dentes sãos e não precisam de cuidados de saúde oral.
É pouco! E o resto? o que é que vai fazer sobre:
1.º) as crescentes dificuldades em conseguir uma consulta num Centro de Saúde? Muitos doentes têm que ir de madrugada para os Centros de Saúde para obterem uma consulta e por vezes nem a conseguem obter.
2.º) a dificuldades em conseguir que os médicos de família mandem fazer os exames de rotina, incluindo aqueles em que na própria TV são aconselhados fazer-se regularmente. Até parece que os médicos estão sujeitos a cotas de exames que não podem ultrapassar e que por isso estão impedidos de os prescrever;
3.º) a dificuldade em se obter uma consulta de especialidade num Hospital público? Primeiro há que convencer o médico de família sobre a necessidade da consulta e depois da marcação há que esperar por vezes meses e anos pela tal consulta.
4.º) a comparticipação em medicamentos será que vai ser reduzida ou aumentada?
5.º) a reabertura dos Centros de Saúde, Serviços de Atendimento Nocturno, Hospitais e Maternidades que foram fechados por este Governo?
6.º) a substituição de médicos, enfermeiros e demais funcionários que se reformaram ou que abandonaram a Função Pública e que trabalhavam nesses Serviços Públicos? Espera-se aliás que muitos médicos venham a abandonar a F.P. face às regras que se lhes pretendem impor para o exercício público.
7.º) os Serviços continuados de saúde. Os doentes são encaminhados para suas casas muito antes da sua recuperação enquanto que os Centros de Saúde têm cada vez menos enfermeiros para apoio domiciliário.
8.º) a Hospitais de Retaguarda para os doentes sem recuperação possível e que são entregues aos cuidados da família, que tem que trabalhar e que por isso é obrigada a deixá-los abandonados durante todo o dia à sua sorte? O Estado português parte, aliás, do princípio de que os familiares: ou não trabalham ou podem pagar a alguém para cuidar do familiar doente e as famílias nestas condições são muito poucas.
9.º) Apoio aos jovens com dificuldades de aprendizagem e que necessitam de técnicos que estão a ser reduzidos?
Muito mais se poderia dizer sobre a área da saúde, onde até cabem os casos de pessoas com manifesta incapacidade para o trabalho que são obrigadas a trabalhar, conforme se tem visto na TV, ou a abandonarem livremente o trabalho sem qualquer reforma.
Quanto à incapacidade de Pedro Santana Lopes em conseguir rebater o discurso do Primeiro Ministro de 6/11/2007, não espanta porque nada poderia dizer, dado que o PSD não tem intenção de alterar o quer que seja às actuais políticas do Governo.

Zé da Burra o Alentejano

2:01 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial