Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, setembro 27, 2009

Paraíso Perdido T2C05



Governar com humildade
A vitória do PS, sem maioria absoluta, e com um reforço em termos de voto e número de deputados de todos os outros partidos, obriga-o a negociar todas as reformas que pretende fazer para os próximos anos. Com este resultado, quem ganha é o sistema democrático cuja balança do poder já não inclina para um único lado.

Há já quem diga que este governo não completará o seu mandato. Porém, o país precisa mais do que nunca de estabilidade governativa. Por isso, José Sócrates terá de ser humilde não só nas políticas que pretende empreender como imediatamente na constituição do seu governo e na atribuição de pastas ministeriais. Criar um governo com personalidades maioritariamente consensuais para a oposição deve ser um dos objectivos de Sócrates, isto se não quer entrar com o pé esquerdo neste novo mandato.

Se os portugueses deram a entender que se fartaram da maioria absoluta, é bom que se pare de equacionar uma possível coligação com o CDS ou com toda a esquerda, pois as diferentes concepções políticas são demasiado evidentes para permitir um entendimento duradouro. António Guterres conseguiu acordos pontuais em momentos cruciais, como em aprovações de Orçamentos de Estado. Por isso, respeitando o que os portugueses decidiram, todos os partidos terão de ser ouvidos na tomada de grandes decisões para o país. Contrariamente à sua personalidade, José Sócrates terá de criar uma cultura de negociação com a oposição.







Comentar os comentadores

Desde que os jornais optaram por terem a sua página online que existe, no fim de cada peça jornalística, um espaço para os leitores a comentarem. Obviamente, nas notícias mais polémicas, nomeadamente sobre política e futebol, os comentários são mais numerosos e contundentes. Quando se trata de artigos de opinião, transformam-se então em odes ao insulto pessoal.

Lendo os comentários, notamos que, ao fim de algumas linhas, o texto em si original deixa de ser discutido para dar azo ao devaneio dos comentadores e à troca de insulto entre eles. Na verdade, acabam por se comentar a si próprios, por vezes de forma engraçada, mas, na sua grande maioria, sob a forma de ataques pessoais e até com recurso à difamação de todo o género.

O mesmo acontece com os blogues. Aliás, a ideia dos jornais será, provavelmente, a de imitar a interacção que os blogues possibilitam. A meu ver, é muito duvidoso, pois grande parte dos pseudo-comentadores refugia-se no anonimato ou usa um pseudónimo impossível de identificar, o que acaba por diminuir o interesse desta iniciativa.

Por outro lado, é verdade que, de quando em vez, aparecem comentários e até análises interessantes por parte de leitores atentos e perspicazes, mas, neste caso, mais vale criar o seu próprio blogue para divulgar a sua perspectiva. Porque, desta forma, não serão misturados com os provocadores hipócritas, e porque também não acredito que os jornais continuem a divulgar brejeirices nos seus sites.





Não se pode criticar

Nalgumas mentes portugueses, criticar quem está no poder não é aceitável. Basta não concordar com o que algum político disse, com alguma obra anunciada ou inaugurada que certas pessoas acham necessário defender a suposta vítima do que consideram ser um ultraje.

Claro que na base da defesa está o contra-ataque, isto é, vai buscar-se o passado para mostrar que o “outro” era tão mau ou pior. Consegue-se assim desviar a atenção para outro campo e o que é criticado no presente deixa de ter importância. Pelos vistos, só podemos avaliar o que os políticos no poder fazem hoje só daqui dez ou vinte anos.

Concordo que seja mais fácil dizer mal do que elogiar o bem que é feito. Digo-o com o à vontade de quem se tornou especialista na matéria. Porém, considero que, de um ponto de vista político-filosófico, qualquer pessoa que esteja no poder desempenha o seu cargo para o bem comum e não unicamente para proveito pessoal. Dito isto, se houver qualquer desvio desse padrão, deve-se chamar a atenção.

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