Pós-Copenhaga
Não há dúvidas de que a poluição provoca o aquecimento global. Há muitas certezas sobre a responsabilidade do Homem neste problema que se agrava. A discussão deve, no entanto, centrar-se noutro aspecto.
Existe uma deriva de alguns ecologistas que se alimentam da tragédia apocalíptica para fazer valer os seus pontos de vistas.
A novidade prende-se agora com a forma como se combate o aquecimento global. e Copenague deveria ter servido para repor esta questão no cimo do debate.
Tudo se resume à diminuição do CO2?
A solução passa exclusivamente pelas energias renováveis? Como podemos aceitar que empresas apresentem novos meios de transporte não poluentes completemente desadequados da realidade e piores do que aqueles que temos actualmente? Como viabilizar aviões que precisam quase da terra de um país inteiro para produzir biofuel só para uma viagem? Já agora, quem entra com dinheiro para essas experiências? O privado?
Pagar uma taxa de poluição? Por que razão as pessoas a devem pagar uma taxa penalizadora se necessitam de se deslocar para o trabalho no seu carro por não ter outras alternativas? O mundo não se resume a centros urbanos (que de facto dispõem de transportes públicos eficientes). Já agora, por que razão as pessoas têm de ser penalizadas pelo facto de preferirem andar no seu carro em vez de sofrer as multidões do metro ou dos autocarros?
Para que não haja más interpretações: quem é que não gosta de ar puro, de paisagens verdejantes e de uma natureza limpa?
Estará o mundo assim tão mal quando sabemos que as pessoas vivem mais tempo e com melhor saúde? Incluindo o terceiro mundo que na verdade se depara com um problema mais grave pelo facto de ter governantes corruptos e gananciosos?
A questão do fim do petróleo estará bem, contada? A teoria dos picos de petróleo (que defende o seu breve esgotamento) tem sido desdita desde 2005 alegando que as reservas de petróleo na Arábia Saudita porque estão sobrevaloriozadas. De mais a mais, existem novas tecnologias que permitem uma melhor extracção e um maior refinamento que ainda não estão ao alcance de países como a Venezuela ou o Irão.
Aliás, viu-se que as repentinas e acentuadas subidas do preço do barril em 2008 tinham como origem a especulação bolsista. Isto é, há manipulação do mercado e o pior é que é desencadeado por chefes de estado e não empresas petrolíferas como se quer dar a entender.
Lembram-se que, por essa altura, houve fortes subidas dos preços nos produtos alimentares considerados essenciais nas bolsas de mercado? Diziam que havia falta de comida tendo em conta a procura (a China e outros países eram os bodes expiatórios). Pouco depois, nunca mais se falou nisso.
já agora, por que razão os ambientalistas mais radicais não optam por um estilo de vida adequado com o que pregam às pessoas na onda dos Amish do estado de Utah nos Estados Unidos? Pois, custa passar de carro para cavalo.
1 Comentários:
Não conhecia este blog, todavia a sua descoberta com este post cujo tema, que coloquei em debate no blog Mente Livre, mostra que gosta de reflectir os assuntos e de fazer análises dos prós e contras das decisões.
Efectivamente, existem problemas ambientais muito graves, que carecem de soluções urgentes, mas não se chega a lado nenhum com extremismos e filosofias catastrofistas que não admitem o contraditório.
Gerir os problemas ambientais é simplesmente introduzir o bom-senso nas acções a todos os níveis, de modo a maximizar os proveitos e minimizar os efeitos negativos, quando se foge disto, cometem-se erros crassos que a humanidade paga muito caro e enfraquece-se a política ambiental. Copenhaga foi um exemplo disto.
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