Paraíso Perdido T2C22
Presidentes à deriva
O anúncio da candidatura de Fernando Nobre para a presidência da República foi recebido como uma hecatombe pelas hostes do candidato Manuel Alegre. A hipótese de unir a esquerda durou umas curtas semanas e, com esta nova entrada, aumentou a probabilidade de Cavaco Silva ser reeleito.
Os dois candidatos oficializados são, sem sombra de dúvidas, homens de grande valor e de mérito. Porém, apesar de declararem que concorrem para o bem deste país, apenas transparecem a intenção de impedir a continuação de Cavaco Silva. Com duas candidaturas fortes, a Esquerda divide-se, perdendo força. O facto de a imprensa revelar uma tensão emergente entre os dois candidatos reforça essa ideia. Aliás, neste momento Manuel Alegre deve estar profundamente arrependido por se ter recandidatado, tendo em conta que as perspectivas são semelhantes às de há quatro anos atrás: uma Esquerda, dois candidatos fortes, um PS dividido e um Bloco de Esquerda a servir de muleta incómoda. A única diferença prende-se talvez com o facto de Alegre já não ser a novidade, o que diminui ainda mais as expectativas sobre o histórico socialista, transpondo-as para o presidente da AMI.
Com o aparecimento de Nobre, a esperança de ter o PS unido em volta de Alegre acaba por ficar gorada. Bem pode culpar Mário Soares por ter incitado Fernando Nobre a entrar na corrida, mas o facto de Alegre não ter tido o apoio imediato do Secretário-geral, José Sócrates, mal anunciou a sua candidatura, prova que os ressentimentos ainda estão bem presentes. E, ensombrando ainda mais o cenário, parece também que já não interessa ao Bloco apoiar Manuel Alegre, pois comparando com Fernando Nobre, Alegre deixou de ser um candidato totalmente independente. Só o Partido Comunista se pode rir desta situação incómoda porque não se precipitou em anunciar quem irá apoiar. De facto, o mais provável que pode acontecer a Manuel Alegre é ficar em terceiro lugar, atrás de Fernando Nobre.
A decadência dos Verdes
De um simples movimento ecologista simpático, preocupado com o ambiente, os Verdes transformaram-se num partido político e assumiram a sua verdadeira ideologia até então ignorada. Actualmente, diz-se que os verdes fazem lembrar uma melancia, pois são verdes por fora, mas vermelhos por dentro, o que significa que os Verdes estão muito próximos dos comunistas. A verdade revelou-se para mal de quem acreditava no movimento ecologista. Mas a verdade veio ao de cima sobretudo com a crescente denúncia do mito ecologista.
Na sua ingenuidade, os ecologistas foram enganados por alguns empresários e muitos cientistas que perceberam que podiam ficar ricos com este negócio. Os governos fecharam os olhos e esbanjam dinheiro dos contribuintes em energias renováveis porque o politicamente correcto impera e o povo anda apavorado com o apocalipse chamado “aquecimento global”.
Não obstante haver um maior número de personalidades a manifestarem cepticismo em relação à revolução ecologista, os Verdes continuam a antever um futuro bem negro para a Humanidade, refugiando-se num passado glorioso e numas teorias fantasistas, enquanto outros se deitam numa cama dourada à custa deles.
1 Comentários:
Os verdes são uma aberração da democracia portuguesa. Ninguém sabe o seu plano para o país e quando falam no parlamento é apenas para lamber o rabo aos colegas do PC. Além disso são o único partido que nunca se submeteu a sufrágio universal...
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