André Bradford e as Lajes
Quem me conhece sabe perfeitamente o quanto eu admiro os Estados Unidos. Admiração essa que por vezes roça a cegueira. Por gostar tanto daquele país é que também conheço os seus defeitos. No entanto, quando penso que sou o único, aparece alguém ainda mais cego do que eu.
Digo isto a propósito da notícia publicada no Jornal Diário (ver aqui) que dá conta da reacção do Governo Regional face à suposta discriminação que os americanos fizeram relativamente aos portugueses no concurso para empregos:
"André Bradford, considerou à saída de uma reunião que manteve, em Ponta Delgada, com dirigentes do SABCES – Sindicato dos Trabalhadores de Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços dos Açores, que “não há qualquer ilegalidade ou discriminação no recente concurso para pessoal civil na Base das Lajes”.
Seguindo uma possível interpretação da lei, este senhor alega que os americanos tinham razão quando publicaram o concurso. Bonito! Pergunto eu: depois de levantada a celeuma, se tinham razão, por que retiraram aquela parte entre parênteses que punha de parte os portugueses nesse concurso? E mais, será legal tudo o que se tem noticiado acerca das condições laborais que os portugueses têm sofrido nos seus postos de trabalho, a saber serviço de limpeza, controlo e bloqueio de Internet e telefones?
Se for calo-me porque é de uma base militar que se trata. Agora, verdade seja dita, o poder executivo falhou redondamente porque o poder mediático encarregou-se de "corrigir" o que parecia mal. Com governos destes que não são capazes de pressionar convenientemente forças externas para o bem dos seus cidadãos mais vale tirá-los do poder.
O "folclore mediático" impôs-se e venceu. Resumindo a minha paixão pelos Estados Unidos: sou um amigo dos Estados Unidos, não um servo.
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