Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, junho 01, 2008

O regresso do comunismo


Por causa da influência do cinema de Hollywood, existe a ideia de que o fim do mundo será causado pelo choque de um meteorito contra o planeta Terra ou pela chegada de extraterrestres maléficos, cujo objectivo é destruir a raça humana. Contudo, a realidade é outra; longe da ficção científica, o ano de 2008 principia um novo momento na História da Humanidade; momento esse perturbador e perigoso cujo desfecho é uma total incógnita mas, por isso, muito interessante.



A soma da escalada do preço do petróleo com a subida em flecha do preço de bens alimentares só pode resultar numa mistura explosiva com detonação ainda não determinada. Os conflitos sociais a que começamos a assistir favorecem a probabilidade de guerras civis e ingerências entre nações com o único propósito de condicionar os preços ou até adquirir à força o bem mais precioso do mundo, a saber o petróleo. O mundo está em mudança. Esta é a nova página negra da História da Humanidade que se escreve em cada dia que o preço do barril de petróleo aumenta nas bolsas mundiais. O povo desespera e pede ajuda aos governos que supostamente existem para melhorar a vida dos seus concidadãos. No entanto, é preciso reconhecer que a resposta não pode ser dada unilateralmente. É preciso uma concertação mundial que impeça a tragédia que está por vir. Não há soluções fáceis mas esperar que as coisas se acalmem com a ilusão que esta situação seja passageira é o pior remédio. É preciso antecipar; mas como?



Por cá, alguns históricos da política, como Mário Soares, pedem ao governo português para ter um olhar mais atento aos novos fenómenos de pobreza e exclusão social resultantes da crise em que o país se encontra. O próprio Presidente da República também já deu indicações no mesmo sentido para que se faça alguma coisa para "evitar as crispações sociais". De facto, este assunto tornou-se o verdadeiro problema da Nação e da Europa. Chegou o momento de colocar as ideologias de um lado e as lutas partidárias noutro. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já percebeu que sozinho nada pode fazer e lançou o repto aos outros países da União Europeia no sentido de rever as taxas sobre os combustíveis. Esta é concertação que falta concretizar. Esta é, contudo, uma medida de curto prazo para acalmar a raiva crescente das populações mas exige-se, claramente, outras medidas de fundo alargadas em diversas matérias e sectores de actividade a pensar nos próximos 50 anos. Tal como nos filmes, nestes momentos que antecedem o caos, aparece o herói que traz consigo a esperança e um desenlace feliz. Nos dias de hoje, bem precisamos de heróis, de visionários que possam salvar o mundo porém, não há meio de eles aparecerem...



Os protagonistas da Esquerda política esfreguem as mãos de satisfação, pois "já tinham avisado que a globalização e o neoliberalismo só podiam dar nisto". Juntam-se novamente para gritar em uníssono contra o governo, pedindo mais intervenção deste último para ajudar o povo e castigar os patrões, os verdadeiros culpados desta crise. Era bom que fosse assim tão simples. Depois de trinta anos de socialismo, a Esquerda deita culpas aos outros, os da Direita capitalista, pelo seu próprio falhanço. Demonizam o liberalismo como se de uma praga se tratasse: para eles, o Estado é que sabe gerir, liderar, distribuir igualitariamente a riqueza que o país produz. Qualquer tentativa de emancipação empresarial ou iniciativa privada só podem ser vistas como uma blasfémia. Não é por nada, mas no actual contexto de crise, o discurso ganha cada vez mais adeptos. Sim, camaradas, o comunismo está de volta!



Os países nórdicos, sempre referidos como modelos de boa governação social-democrata, partiram, no início, de uma base bastante liberal fruto da influência da religião protestante dominante. Presentemente, a intervenção social por parte do Estado permitiu extinguir quase por completo a pobreza e acabar com a exclusão. O liberalismo foi a resposta certa que se foi construído faseadamente durante o século XX e que acabou por tornar países como a Finlândia, a Dinamarca ou a Suécia nos mais ricos da União Europeia e cuja qualidade de vida é das mais altas do mundo.



Por cá, quer-se mais do mesmo: socialismo, mas desta vez já não do PS. O comunismo está de volta. Por mim, quando eles ganharem, estarei a rir-me dizendo: “não vos disse?” e, claro, pedirei asilo político a um dos países capitalistas que provocam tanto ódio aos vermelhos. Aliás, será tanto ódio ou tanta inveja?

2 Comentários:

Blogger PedromcdPereira disse...

Por outro lado, na Itália deixou de haver representantes comunistas no parlamento.

E por cá, será que a esquerda vai aumentar assim os votos? Com um CDS moribundo, e um PSD até há pouco, nauseabundo...

Quando pedires asilo acrescenta o meu nome.

4:14 da tarde  
Blogger Tibério Dinis disse...

Não acredito nesse regresso, o problema da direita é estar na dúvida entre a direita populista, dta/conservadora e dta/liberal.

Em Portugal só temos dois partidos à direita cds é uma sombra do psd e este uma sombra da direita europeia.

Mais um nome para o pedido de asilo.

10:43 da manhã  

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