Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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sábado, maio 09, 2009

Paulo Casaca, Ser discreto em Ponta Delgada.
O candidato à Câmara de Ponta Delgada, Paulo Casaca, escreve um artigo de opinião no qual responde às críticas que lhe foram dirigidas por causa da sua proposta no que respeita à implementação de línguas estrangeiras no ensino básico tais como o russo, o mandarim ou árabe.
Os argumentos apresentados não me convencem porque apesar de as propostas de Paulo Casaca se basearem num compromisso europeu, não quer dizer que todos os países o tenham implementado nas suas escolas. Quando Bruxelas é referido como exemplo, a mim não me surpreende se olharmos para as comunidades emigrantes que lá residem.

A novidade do artigo tem que ver com a criação da natação como matéria obrigatória nas escolas. De facto, esta é uma ideia interessante, e penso que o candidato ganharia se, para além disso, propusesse a criação de parcerias com clubes navais da cidade para que o mar fizesse parte do currículo escolar. Nos açores, o mar, mesmo assim tão perto, ainda é um privilégio só para alguns.

Mais ainda, acho que as propostas que faz são mais da competência da Secretaria Regional da Educação do que de uma Câmara. Digo isto, porque em Janeiro apresentei um projecto empresarial para rastreios escolares à Secretaria da Educação e à da Saúde que considero inovador e que aliviaria os centros de saúde. A resposta, que só agora recebi da Directora Regional da Saúde, Sofia Duarte, é que este trabalho era “da competência dos Centros de Saúde e Unidades de Saúde das Ilhas”. Apresentei este projecto, sabendo que os centros de saúde não conseguiam dar a resposta e baseei-me nos serviços de saúde mais desenvolvidos no mundo que apostam na medicina preventiva e não curativa como aqui.

Apesar de a tendência ser cada vez mais incentivar os privados a entrar na esfera da concessão de serviços tradicionalmente públicos e até do próprio Governo Regional, pela voz de Carlos César, defender que a “empresarialização” dos serviços públicos traz maior rigor à sua gestão, eu levei com o pé.

Por isso, mesmo que seja uma Câmara, só por ser candidato socialista, não me parece bem que haja uns cujas ideias são aceites e outros não.

Partilho muito do que Paulo Casaca defende sobre o Médio Oriente. Considero crucial o conhecimento civilizacional e linguístico de países como a China ou a Rússia, mas acho que deviam existir centros de línguas como existe para o Inglês onde qualquer pessoa, livremente, as pudesse aprender. A escola já tem muitos problemas aos quais não consegue responder. O alagamento do ensino obrigatório até aos 18 anos é mais um e, pela sua experiência sobretudo com os países nórdicos, o ainda eurodeputado sabe muito bem que o nosso país não está minimamente preparado para tal avanço.

1 Comentários:

Blogger Kitty Bale disse...

This is quite clearly a topic that antagonizes many people in the Azores but I feel that Casaca is merely keeping up with the times. In other European countries - including France where I grew up - Chinese and Arabic have been offered at high-school level since the 80s at least... It remains to be seen how many kids will sign up for the classes but there is no reason why the Azores should lag behind in terms of language education. We are all world citizens, are we not? :-)

6:13 da tarde  

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