Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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sábado, outubro 17, 2009

Paraíso Perdido T2C08



O PSD é assim tão mau?

Ao longo dos últimos anos, o PSD, enquanto maior partido da oposição, nunca viu as suas propostas aprovadas na Assembleia Regional. Bloqueados pela maioria socialista, qualquer intenção legislativa do PSD tem sido negada e até ridicularizada pelos deputados socialistas e elementos do governo regional. Fico então a pensar: será que o PSD é assim tão mau que não consegue apresentar nenhuma proposta benéfica para a região? Só os outros, mesmo os partidos mais pequenos, é que sabem contribuir positivamente para o progresso dos Açores? O PSD não tem nenhum deputado que se aproveita?

Penso que a situação é outra. Fruto da herança de Mota Amaral, o ódio do PS Açores ao PSD Açores é visceral ao ponto de aceitar propostas do CDS/PP somente com o intuito de isolar o maior partido da oposição. Detentores da maioria absoluta, os socialistas não precisam de nenhum outro partido para aprovar o que bem entendem. Contudo, só por gozo e revanchismo é que chumbam todas as propostas do PSD, apelidando-as de demagógicas e irresponsáveis, e logo de seguida aprovam algumas do CDS/PP. O seu líder açoriano, Artur Lima, alinha no conluio e autoproclama-se como única oposição responsável, consciente de que só fica a ganhar com o jogo sujo do PS. Note-se que não estão em causa os benefícios das medidas apresentadas. Agora, não concordo com a ideia maliciosa, e veiculada por certa opinião publicada, de que só o CDS é que tem propostas interessantes. O que está em causa é fazer acreditar nas pessoas que o PSD não presta e que só o CDS é que sabe fazer oposição. É bom que tenhamos todos consciência de que o CDS não subirá mais do que conseguiu. Será sempre um partido de oposição, nunca o partido da alternativa. Reconheço, contudo, que são estas jogadas de mestre que acabam por tornar a política tão interessante e imprevisível.

Resta saber como o PS se comportará com o Bloco, o PC e o Partido Monárquico. Como os dois primeiros são de Esquerda, talvez não seja muito conveniente dar-lhes mais visibilidade do que a que já têm. Para o Partido Monárquico, que muito consideram ser um equívoco pelo facto de ter o Corvo como única base de apoio, basta que o Governo Regional aumente a cooperação com o Presidente da Câmara para que o deputado Paulo Estêvão não volte a ser eleito nas próximas eleições legislativas.

Como disse o jornalista Aranda e Silva, o PP dos Açores serve os interesses do PS cujo único objectivo é o de fragilizar um PSD que ainda continua refém do seu passado.





Apelo aos dois presidentes da Terceira

O poder executivo que o cargo de presidente de câmara confere permite operar mudanças significativas na ilha Terceira. Não se trata somente de mandar executar obras, trata-se sobretudo de ser um cargo que o governo regional não pode menosprezar aquando das decisões políticas que toma relativamente à ilha.

Ser presidente de câmara permite influenciar as decisões do governo, nomeadamente em termos de obras estruturantes ou de políticas que reconfigurem alguns desígnios de uma ilha. De pouco servem as reuniões do Conselho de Ilha que só têm diminuído a relevância da Terceira no arquipélago, relegando-o para o mesmo espaço de intervenção dos Conselhos de Ilha da Graciosa ou das Flores. Se pudéssemos falar em lobbies, a presidente da Câmara de Angra e o da Praia da Vitória seriam os seus representantes máximos.

Ao representar o seu concelho, acaba-se inevitavelmente por representar também os interesses da ilha. Sendo ambos os presidentes do mesmo partido, espera-se que haja um entendimento mais profundo e um espírito de camaradagem característico da matriz socialista. Por isso, lanço o repto à Presidente, Andreia Cardoso, para que repense a proposta de construção de um terminal de cruzeiros na Baía de Angra. Antes de mais, quais são os pressupostos levam o Governo a defender a existência desta estrutura na ilha Terceira? Existem estudos económicos que sustentam a pertinência dessa obra? Depois, por que razão colocar o terminal em Angra e não na Praia da Vitória, cujo porto aparenta ter melhores condições?

Era bom que a sociedade civil lançasse esse debate e questionasse os seus representantes políticos sobre o assunto. Se cada ilha tem a suas especificidades, não percebo a intenção de querer fazer de Angra uma réplica de Ponta Delgada em tamanho reduzido.

1 Comentários:

Anonymous Que saudades da Aliança Democrática disse...

O que falta ao PSD, quer regional quer nacional, é uma liderança capaz.

Que comovente foi o discurso de Berta Cabral na noite eleitoral... Que é como quem diz:

"Queridos camaradas do PSD vocês perderam mas eu ganhei em Ponta Delgada. Não posso andar com vocês ao colo. Observem e aprendam"

10:13 da tarde  

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