Luís Fagundes Duarte
Foi o primeiro político açoriano que
conheci pessoalmente. O segundo, também do PS, foi um grande cantor do Fado de
Coimbra, ainda fresco na política, mas de quem vaticinavam uma futura promessa
política. Acertaram. Já agora, o terceiro, este do PSD, Presidente da Câmara de
Ponta Delgada, Manuel Arruda. Um bom homem.
Eu,
ainda caloiro na UA, e Fagundes Duarte como Director Regional dos Assuntos
Culturais. Não foi só uma óbvia simpatia que me agradou, foi sobretudo a sua
humildade e bom senso. Apesar das discrepâncias ideológicas que fui sentindo ao
longo do meu crescimento enquanto cidadão “engagé”,
acompanhei o seu percurso político na Assembleia da República e, claro, os seus
escritos, ficando satisfeito por conhecer uma pessoa brilhante que me mostrou como
as diferenças podem ser salutares.
Quando foi nomeado para Secretário
Regional da Educação esbocei um sorriso de satisfação. Aliás, a mesma reacção de
aquando da nomeação de Nuno Crato para o mesmo cargo, mas na República.
Fagundes Duarte teve a coragem de
mudar decretos e procedimentos pedagógicos com os quais não concordava ou porque
estes tinham manifestamente sido comprovados como negativos ou então contraproducentes.
Fagundes Duarte fê-lo, sabendo que iria provocar inimizades dentro do PS. A
experiência e a sapiência têm sido a base da sua condução política. O
calculismo foi substituído pela genuína vontade de servir alunos e professores (sei
que é muita bajulação, mas para quem passa a vida a criticar, poder escrever um
texto laudatório é uma tarefa quase terapêutica).
Depois de anos de experiências
pedagógicas com os alunos açorianos e perante os parcos resultados obtidos, o
caminho só pode ser o do regresso ao básico, tal como acontece no continente.
Haja coragem para trilhar esse caminho.
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