César, o romântico
O Tribunal de Contas apresentou um relatório que desencadeou uma chuva de críticas em relação ao Governo Regional, nomeadamente ao seu Presidente, Carlos César.
Não quero juntar-me ao coro dos indignados porque consigo interpretar as despesas avultadas dos governantes açorianos de uma forma positiva e, diria até, pedagógica.
Numa terra onde uma em cada cinco mulheres é vítima de violência doméstica, Carlos César não olhou a meios para satisfazer os caprichos da “Primeira-dama dos Açores”. Noblesse oblige. Se alguns optam por umas bofetadas na sua cônjuge, outros, como o “nosso” presidente, presenteiam-nas com viagens em classe executiva, hotéis de luxo e limusines.
Depois da luta contra as desigualdades e as injustiças sociais, o Partido Socialista tem uma nova luta: a violência doméstica.
Podia ter usado o seu cartão de crédito em vez do do Governo? Podia, mas, provavelmente, o seu plafond não era tão alto e os miminhos à Luísa não têm preço.
Enquanto uns preferem oferecer uma planta e uns olhos negros à sua mais que tudo, outros, como o “nosso” presidente, dão-lhe um milhão de euros e dizem-lhe para renovar os jardins do Palácio dos Capitães Generais.
Conhecíamos os socialistas pela sua sensibilidade social, descobrimos agora a sua sensibilidade romântica.
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