Ainda as eleições regionais
Num comentário ao meu texto, o Rogério parte do princípio de que todos os açorianos pensam como ele e votaram em conformidade. Há pontos com os quais não concordo. Eis a minha réplica.
Há muito que a Região deixou de ser social-democrata. Basta ver a estrutura autárquica para perceber como os socialistas estão em todo o lado (não digo que é bom ou mau; é um facto).
Fez-se renovação no PSD - pouca no meu ver – e Berta Cabral era a mais qualificada do partido e a que mais hipóteses tinha para vencer (acredito que se fosse outro candidato, o resultado seria bem pior).
A alternância interna do PS é discutível, pois Vasco Cordeiro não foi eleito; foi nomeado pelo ainda líder, ratificado pela estrutura máxima do partido. Aliás, faz-me lembrar o que Francisco Louçã propõe para o Bloco com a sua liderança bicéfala. Só que aqui nem houve discussão. Tornou-se um facto consumado. Daqui uns meses, teremos congresso regional e o Presidente do Governo dos Açores será empossado como Presidente do PS Açores. É uma situação inédita, mas pouco interessa: está ganho.
É verdade que a situação de austeridade prejudicou Berta Cabral que, segundo dizem, partia em vantagem. Mas não é suficiente. A crise do PSD Açores é agora existencial. Recusou a sua ideologia, transformando-se num partido ultra-socialista (a catadupa de promessas demagógicas à última da hora), e assim abdicou das suas ideias que propôs no início que tinham sido bem acolhidas. Das duas uma, ou o PSD Açores reflete seriamente sobre o que aconteceu e tira ilações ou assobia para o ar e faz de conta que nada aconteceu, mantendo tudo como está.
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