Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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segunda-feira, setembro 09, 2013

Há crise nas escolas açorianas?




            De um ano para o outro até parece que centenas de crianças desapareceram dos Açores. Menos turmas do que o ano anterior, menos contratações de professores. Afinal, o que se passou?

            Na verdade, há já sinais evidentes de que a Secretaria da Educação encetou por um processo rigoroso de poupança nos seus recursos humanos, ao contrário da alegada queda da demografia. Um sinal claro é o da extinção quase total dos tempos letivos destinados à substituição - e o consequente aumento do número de turmas por professor. Esta medida, que tencionava acabar com os furos, teve um início atribulado devido à falta de informação por parte da tutela. Porém, com o tempo, esta prática foi-se aperfeiçoando e as escolas foram encontrando um enquadramento razoável para a sua aplicação. Quando parecia uma medida pedagógica positiva e já rotineira, eis que acabaram com ela. Por isso, e desta vez, distancio-me do atual Secretário e considero que errou ao acabar com os tempos de substituições.

            Ao longo dos anos, o mês de agosto tem servido à tutela para proceder a ajustamentos escamotados, feitos à revelia de qualquer diálogo com sindicatos ou direções escolares. Um telefonema, um fax e só resta aos subalternos acatar a decisão. 

            Este procedimento é pernicioso, não só devido à falta de transparência, mas também por causa do timing escolhido, pois os Conselhos Executivos são pressionados a efetuar alterações de última hora, potenciando o erro num momento tão crucial à vida escolar como é o mês de setembro. Os professores acabam por regressar ao trabalho tensos e apreensivos quanto ao seu futuro. Era escusado.

            Dizem que, com o tempo, as pessoas adaptam-se a tudo. Discordo: há maldades a que ninguém se habitua.

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