O Passeio Presidencial
Apesar de nos situarmos no momento da campanha eleitoral para as autárquicas – muito renhida nalguns concelhos – a discussão política mais interessante a que temos assistido incide sobre os candidatos presidenciais. Quando se fala dos dois dinossauros políticos, Mário Soares e Cavaco Silva, então o debate entra ao rubro. Apesar de existirem outros candidatos, verdade seja dita, estes acabam por ter pouca relevância perante tamanho adversários. No entanto, Cavaco Silva não é ainda candidato, mesmo se se fala nele como se já o tivesse assumido. O que será do país se ele não se candidatar?
Final de Agosto. Mário Soares anuncia a sua candidatura. Antes das eleições presidenciais temos as autárquicas em Outubro e, talvez, um referendo no final do presente ano. Porquê tanta antecedência? Já alguns analistas se debruçaram sobre o assunto. Porém, não encontram uma resposta adequada para tal iniciativa “avant la lettre”. É de considerar que a data da sua candidatura foi mal escolhida. Um homem que possui um currículo invejável e inegável como Mário Soares não se pode equiparar aos líderes comunista e bloquista. A data ideal é sim para depois das eleições autárquicas, pois não se deve meter tudo no mesmo saco. Cabe aos portugueses reflectirem primeiro sobre o seu concelho, cidade ou freguesia. Esta espécie de manobra de diversão só vai prejudicar o partido socialista e, sobretudo, o principal interessado: Mário Soares. Também não é compreensível que os candidatos oficiais à presidência da república tenham desaparecido após o anúncio das suas intenções presidenciais. A lógica pede que se entre em campanha de promoção e divulgação do projecto como futura figura mais alta do país depois do anúncio feito com pompa e circunstância. Como se explica que alguém proclame: “Vou ser candidato à presidência da República” e, só depois, elabore o programa para desempenhar tal função, remetendo-se ao silêncio? Como vemos, há uma espécie de má gestão política e de imagem.
Cavaco Silva não tem tabu. Tem sentido de oportunidade. Da sua própria voz explicou que esta altura é péssima para se discutir presidenciais. Só falará em final de Outubro ou Novembro. Como disse Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva prepara há anos a sua candidatura. Nada o demoverá de alterar os seus planos. Talvez a família, mas pelos vistos, já falou com ela. Há pouco, esteve em Londres numa conferência para falar sobre a Europa, com ilustres convidados entre os quais John Major, ex-primeiro-ministro inglês. Na mesma altura, Mário Soares dava uma entrevista à rádio Alfa, em Paris. Nessa mesma entrevista, dizia que o seu futuro adversário não tem perfil para o cargo de presidente. Interessante é reparar que Cavaco Silva participava num evento típico para chefes de estado e Mário Soares dava uma típica entrevista de política corriqueira.
Quem leu a autobiografia política de Cavaco Silva sabe que ele não cairá na tentação de fazer jogos de insultos e baixas considerações sobre os seus adversários. Soares parece não ter lido e o feitiço virar-se-à contra o feiticeiro. Para quem disse que não queria que a candidatura de Cavaco Silva fosse um passeio, parece ter apostado tudo para que seja sim um passeio de “Golf cart”.
Final de Agosto. Mário Soares anuncia a sua candidatura. Antes das eleições presidenciais temos as autárquicas em Outubro e, talvez, um referendo no final do presente ano. Porquê tanta antecedência? Já alguns analistas se debruçaram sobre o assunto. Porém, não encontram uma resposta adequada para tal iniciativa “avant la lettre”. É de considerar que a data da sua candidatura foi mal escolhida. Um homem que possui um currículo invejável e inegável como Mário Soares não se pode equiparar aos líderes comunista e bloquista. A data ideal é sim para depois das eleições autárquicas, pois não se deve meter tudo no mesmo saco. Cabe aos portugueses reflectirem primeiro sobre o seu concelho, cidade ou freguesia. Esta espécie de manobra de diversão só vai prejudicar o partido socialista e, sobretudo, o principal interessado: Mário Soares. Também não é compreensível que os candidatos oficiais à presidência da república tenham desaparecido após o anúncio das suas intenções presidenciais. A lógica pede que se entre em campanha de promoção e divulgação do projecto como futura figura mais alta do país depois do anúncio feito com pompa e circunstância. Como se explica que alguém proclame: “Vou ser candidato à presidência da República” e, só depois, elabore o programa para desempenhar tal função, remetendo-se ao silêncio? Como vemos, há uma espécie de má gestão política e de imagem.
Cavaco Silva não tem tabu. Tem sentido de oportunidade. Da sua própria voz explicou que esta altura é péssima para se discutir presidenciais. Só falará em final de Outubro ou Novembro. Como disse Marcelo Rebelo de Sousa, Cavaco Silva prepara há anos a sua candidatura. Nada o demoverá de alterar os seus planos. Talvez a família, mas pelos vistos, já falou com ela. Há pouco, esteve em Londres numa conferência para falar sobre a Europa, com ilustres convidados entre os quais John Major, ex-primeiro-ministro inglês. Na mesma altura, Mário Soares dava uma entrevista à rádio Alfa, em Paris. Nessa mesma entrevista, dizia que o seu futuro adversário não tem perfil para o cargo de presidente. Interessante é reparar que Cavaco Silva participava num evento típico para chefes de estado e Mário Soares dava uma típica entrevista de política corriqueira.
Quem leu a autobiografia política de Cavaco Silva sabe que ele não cairá na tentação de fazer jogos de insultos e baixas considerações sobre os seus adversários. Soares parece não ter lido e o feitiço virar-se-à contra o feiticeiro. Para quem disse que não queria que a candidatura de Cavaco Silva fosse um passeio, parece ter apostado tudo para que seja sim um passeio de “Golf cart”.
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