A derrota da Esquerda
O devir do tempo permite-nos fazer uma análise mais lúcida e clara do passado. O século XX findou há pouco, mas é possível tecer já algumas considerações sobre as vitórias que a humanidade obteve e, também, sobre as suas derrotas. Uma delas, que está a marcar definitivamente o conceito de solidariedade e políticas sociais, é a derrota das políticas da Esquerda.
Esta semana, foi publicado na imprensa alemã que a nova coligação, que entrará no poder, decidiu reduzir para metade o 13º mês para os funcionários e pensionistas, para além de aumentar em mais uma hora o trabalho semanal. O governo português aumentou a idade da reforma para os 65 anos e também iniciou uma série de cortes nos chamados direitos adquiridos, afectando sobretudo os funcionários públicos. Na Europa, o desemprego aumenta, as respectivas seguranças sociais têm graves problemas com tantas despesas nos subsídios de desemprego e nas pensões. Fala-se já numa futura bancarrota dessas instituições e na necessidade de reformular o sistema de apoio governamental. Há uma semana atrás, a França encontrava-se em estado de sítio devido aos distúrbios provocados por jovens franceses de origem estrangeira que, pelos vistos, não se conseguem integrar no país que os viu nascer. Sentindo-se discriminados, decidiram iluminar a cidade-luz com o fogo da revolta.
Estes exemplos, aos quais se poderiam acrescentar outros, mostram que algo falhou desde a Segunda Guerra Mundial. O modelo socialista de apoio aos mais necessitados, sejam eles nacionais ou estrangeiros, parece ter criado um fosso ainda maior entre os ricos e os pobres. É um facto que ninguém pode negar, no entanto, a culpa tem sido atribuída à globalização e ao capitalismo denominado de selvagem. Mas não é bem assim. Os subsídios indiscriminados que se deram no passado e, actualmente, de forma mais fiscalizada, serviram para criar uma classe social de baixo rendimento acomodada, com uma perspectiva de vida muito curta vivendo o dia-a-dia com um dinheiro já ganho sem o “suor das mãos”. Os apoios dados aos emigrantes que chegaram com o sonho de uma vida melhor tiveram o mesmo resultado. O chamado estado social da Europa distribui dinheiro generosamente levando estes emigrantes a uma situação de completa passividade. Criando os bairros a custos reduzidos nos subúrbios das principais cidades europeias, os pobres e os emigrantes foram ostracizados e praticamente impedidos de se integrarem totalmente nos países que os acolheram.
Essas políticas de “solidariedade” estão a dar os seus frutos. O Estado já não tem dinheiro para as despesas que comporta. A falta de ambição e o pessimismo instalados nos cidadãos tornam-nos depressivo e, consequentemente, a taxa de suicídio e de doenças de foro psicológico aumentam de forma preocupante. A própria criminalidade aumenta, mas ela é também derivada de um estado pouco autoritário no que diz respeito ao cumprimento das leis e na perda de tempo em debates sociológicos inúteis. A própria queda de valores, como os da família ou do respeito por outrem, por exemplo; a castração da noção de pátria leva ao sentimento de não-pertença, como o demonstram os actos vândalos dos jovens franceses.
Perante a situação de confusão e desrespeito instalados, surgem pessoas ou entidades que dão uma nova “esperança” aos cidadãos desamparados. O radicalismo religioso, os partidos de extrema-direita ou extrema-esquerda acolhem cada vez mais pessoas de todas as idades e oriundas de todas as classes sociais. É um perigo que ameaça rebentar a qualquer momento. Ninguém se irá esquecer da última eleição presidencial em França em que a extrema-direita chegou à segunda volta.
Todas essas discussões têm de ser debatidas para encontrar um novo rumo, uma nova forma de democracia. É demasiado fácil alegar que, porque um país está em crise, se aumentam os impostos e se despede mais pessoas com o intuito de aligeirar as despesas do Estado. A própria noção de solidariedade deve ser redefinida. O conceito de multiculturalismo é um fracasso. Deve-se falar em pluriculturalismo. Existe outras culturas e devemos conviver com elas sem sobrepor a nossa. A ignorância provoca o medo e o medo provoca a violência e o ódio. Todavia, a própria vida e a liberdade individual não são negociáveis. Esta é a origem e o fim da democracia.
A utopia da Esquerda foi derrotada. Encontre-se uma nova…
Esta semana, foi publicado na imprensa alemã que a nova coligação, que entrará no poder, decidiu reduzir para metade o 13º mês para os funcionários e pensionistas, para além de aumentar em mais uma hora o trabalho semanal. O governo português aumentou a idade da reforma para os 65 anos e também iniciou uma série de cortes nos chamados direitos adquiridos, afectando sobretudo os funcionários públicos. Na Europa, o desemprego aumenta, as respectivas seguranças sociais têm graves problemas com tantas despesas nos subsídios de desemprego e nas pensões. Fala-se já numa futura bancarrota dessas instituições e na necessidade de reformular o sistema de apoio governamental. Há uma semana atrás, a França encontrava-se em estado de sítio devido aos distúrbios provocados por jovens franceses de origem estrangeira que, pelos vistos, não se conseguem integrar no país que os viu nascer. Sentindo-se discriminados, decidiram iluminar a cidade-luz com o fogo da revolta.
Estes exemplos, aos quais se poderiam acrescentar outros, mostram que algo falhou desde a Segunda Guerra Mundial. O modelo socialista de apoio aos mais necessitados, sejam eles nacionais ou estrangeiros, parece ter criado um fosso ainda maior entre os ricos e os pobres. É um facto que ninguém pode negar, no entanto, a culpa tem sido atribuída à globalização e ao capitalismo denominado de selvagem. Mas não é bem assim. Os subsídios indiscriminados que se deram no passado e, actualmente, de forma mais fiscalizada, serviram para criar uma classe social de baixo rendimento acomodada, com uma perspectiva de vida muito curta vivendo o dia-a-dia com um dinheiro já ganho sem o “suor das mãos”. Os apoios dados aos emigrantes que chegaram com o sonho de uma vida melhor tiveram o mesmo resultado. O chamado estado social da Europa distribui dinheiro generosamente levando estes emigrantes a uma situação de completa passividade. Criando os bairros a custos reduzidos nos subúrbios das principais cidades europeias, os pobres e os emigrantes foram ostracizados e praticamente impedidos de se integrarem totalmente nos países que os acolheram.
Essas políticas de “solidariedade” estão a dar os seus frutos. O Estado já não tem dinheiro para as despesas que comporta. A falta de ambição e o pessimismo instalados nos cidadãos tornam-nos depressivo e, consequentemente, a taxa de suicídio e de doenças de foro psicológico aumentam de forma preocupante. A própria criminalidade aumenta, mas ela é também derivada de um estado pouco autoritário no que diz respeito ao cumprimento das leis e na perda de tempo em debates sociológicos inúteis. A própria queda de valores, como os da família ou do respeito por outrem, por exemplo; a castração da noção de pátria leva ao sentimento de não-pertença, como o demonstram os actos vândalos dos jovens franceses.
Perante a situação de confusão e desrespeito instalados, surgem pessoas ou entidades que dão uma nova “esperança” aos cidadãos desamparados. O radicalismo religioso, os partidos de extrema-direita ou extrema-esquerda acolhem cada vez mais pessoas de todas as idades e oriundas de todas as classes sociais. É um perigo que ameaça rebentar a qualquer momento. Ninguém se irá esquecer da última eleição presidencial em França em que a extrema-direita chegou à segunda volta.
Todas essas discussões têm de ser debatidas para encontrar um novo rumo, uma nova forma de democracia. É demasiado fácil alegar que, porque um país está em crise, se aumentam os impostos e se despede mais pessoas com o intuito de aligeirar as despesas do Estado. A própria noção de solidariedade deve ser redefinida. O conceito de multiculturalismo é um fracasso. Deve-se falar em pluriculturalismo. Existe outras culturas e devemos conviver com elas sem sobrepor a nossa. A ignorância provoca o medo e o medo provoca a violência e o ódio. Todavia, a própria vida e a liberdade individual não são negociáveis. Esta é a origem e o fim da democracia.
A utopia da Esquerda foi derrotada. Encontre-se uma nova…
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