A demonização de Cavaco Silva
A pré-campanha eleitoral para as eleições presidenciais de Janeiro tem tido momentos interessantes de debate democrático. No entanto, todos os candidatos de Esquerda, sem excepção, apresentam um discurso político pela negativa em que assumem as suas respectivas candidaturas não em prol do país, mas contra a Direita, nomeadamente Cavaco Silva. Este erro grosseiro de estratégia irá ser pago de forma cara no dia das eleições. Até agora, as sondagens têm indicado este caminho. Mas, pelos vistos, não se deve ligar a sondagens com resultados negativos para os próprios…
Não há um dia em que os candidatos de Esquerda, nos seus discursos, ataquem ou o passado de Cavaco Silva ou o seu actual discurso como candidato presidencial. É a estratégia do vale tudo que, se agora tem sido bastante rude, em Janeiro promete ser ainda mais violenta. Numa tentativa de bipolarizar a campanha, Mário Soares começou os ataques diários ao único candidato da Direita. Os outros candidatos também optaram pelo mesmo, fazendo com que essa bipolarização deixasse de existir. Cavaco Silva explicou na sua apresentação de candidatura que não falaria dos seus adversários: o que interessa é o país e os portugueses. De facto, este é o discurso que soa bem aos ouvidos dos cidadãos-eleitores. Não se percebe então o porquê dos outros candidatos continuarem a “baterem no ceguinho”. Para eles, Cavaco Silva é o mal do país, responsável pela crise do país, dos interesses instalados, por outras palavras, é um mal que colocará o país em maus lençóis, caso seja eleito. Pois é, mas a maior parte dos portugueses tem boas recordações dos tempos do cavaquismo. Desde a governação de Guterres até à actual, o país encontra-se em crise, coleccionando os últimos lugares dos rankings europeus e mundiais de desenvolvimento. Da mesma forma brutal, apontam para uma espécie de aura messiânica que paira sobre o antigo primeiro-ministro. Ninguém sabe onde foram buscar tal ideia, mas que ela resultou para o bem do tal Messias, lá resultou. Em suma, Os “artistas” encarregues pelas campanhas presidenciais dos candidatos de Esquerda ou são incompetentes ou querem Cavaco Silva como presidente.
O Partido Socialista é o pior exemplo para uma campanha eleitoral. Um partido, dois candidatos (um oficial, outro à socapa). Manuel Alegre – o não oficial – encontra-se à frente de Mário Soares nas sondagens. Assim, o PS declarou guerra ao poeta. Péssima escolha. Os portugueses gostam de vítimas. Mas dentro do partido, muitos quadros sonantes vão votar secretamente em Manuel Alegre. O deputado está só numa batalha injusta não contra a Direita, como também ele tende a fazer transparecer, mas contra o seu próprio partido. Um pouco de futurologia: se Manuel Alegre for à segunda volta, o PS, depois de todo o mal que lhe fez e disse, apoia-o? Mais futurologia: Caso Manuel Alegre vença as presidenciais, como vão ser as relações com o Governo de Sócrates? Cordiais ou hipocritamente cordiais?
Longe, muito longe destes “faits divers”, Cavaco Silva apresenta aos poucos as suas ideias e a sua interpretação das competências presidências. Nalgumas zonas do país, a população não lhe faz uma recepção, mas uma aclamação como se já tivesse ganho as eleições (a ideia do Messias é genial).
Os debates entre os candidatos serão momentos decisivos para cada um deles, mais pela forma do que pelo conteúdo. Em mais nenhum lugar político a postura do candidato é quase tão relevante ou mais do que as ideias.
Sobre as presidenciais, os partidos da Direita têm estado calados para não prejudicar o seu candidato. Porém, depois das eleições haja talvez necessidade de ajustar contas com a Esquerda e o seu processo de demonização de Cavaco Silva. Por mais que lhes custe, Cavaco Silva vai ser presidente da república de todos os portugueses.
Não há um dia em que os candidatos de Esquerda, nos seus discursos, ataquem ou o passado de Cavaco Silva ou o seu actual discurso como candidato presidencial. É a estratégia do vale tudo que, se agora tem sido bastante rude, em Janeiro promete ser ainda mais violenta. Numa tentativa de bipolarizar a campanha, Mário Soares começou os ataques diários ao único candidato da Direita. Os outros candidatos também optaram pelo mesmo, fazendo com que essa bipolarização deixasse de existir. Cavaco Silva explicou na sua apresentação de candidatura que não falaria dos seus adversários: o que interessa é o país e os portugueses. De facto, este é o discurso que soa bem aos ouvidos dos cidadãos-eleitores. Não se percebe então o porquê dos outros candidatos continuarem a “baterem no ceguinho”. Para eles, Cavaco Silva é o mal do país, responsável pela crise do país, dos interesses instalados, por outras palavras, é um mal que colocará o país em maus lençóis, caso seja eleito. Pois é, mas a maior parte dos portugueses tem boas recordações dos tempos do cavaquismo. Desde a governação de Guterres até à actual, o país encontra-se em crise, coleccionando os últimos lugares dos rankings europeus e mundiais de desenvolvimento. Da mesma forma brutal, apontam para uma espécie de aura messiânica que paira sobre o antigo primeiro-ministro. Ninguém sabe onde foram buscar tal ideia, mas que ela resultou para o bem do tal Messias, lá resultou. Em suma, Os “artistas” encarregues pelas campanhas presidenciais dos candidatos de Esquerda ou são incompetentes ou querem Cavaco Silva como presidente.
O Partido Socialista é o pior exemplo para uma campanha eleitoral. Um partido, dois candidatos (um oficial, outro à socapa). Manuel Alegre – o não oficial – encontra-se à frente de Mário Soares nas sondagens. Assim, o PS declarou guerra ao poeta. Péssima escolha. Os portugueses gostam de vítimas. Mas dentro do partido, muitos quadros sonantes vão votar secretamente em Manuel Alegre. O deputado está só numa batalha injusta não contra a Direita, como também ele tende a fazer transparecer, mas contra o seu próprio partido. Um pouco de futurologia: se Manuel Alegre for à segunda volta, o PS, depois de todo o mal que lhe fez e disse, apoia-o? Mais futurologia: Caso Manuel Alegre vença as presidenciais, como vão ser as relações com o Governo de Sócrates? Cordiais ou hipocritamente cordiais?
Longe, muito longe destes “faits divers”, Cavaco Silva apresenta aos poucos as suas ideias e a sua interpretação das competências presidências. Nalgumas zonas do país, a população não lhe faz uma recepção, mas uma aclamação como se já tivesse ganho as eleições (a ideia do Messias é genial).
Os debates entre os candidatos serão momentos decisivos para cada um deles, mais pela forma do que pelo conteúdo. Em mais nenhum lugar político a postura do candidato é quase tão relevante ou mais do que as ideias.
Sobre as presidenciais, os partidos da Direita têm estado calados para não prejudicar o seu candidato. Porém, depois das eleições haja talvez necessidade de ajustar contas com a Esquerda e o seu processo de demonização de Cavaco Silva. Por mais que lhes custe, Cavaco Silva vai ser presidente da república de todos os portugueses.
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