Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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quinta-feira, dezembro 08, 2005

Projecto para um programa televisivo

Com o surgimento do cabo, abriram-se as portas para uma nova cultura televisiva. Cada um de nós pode ter à sua disposição canais de televisão que abordam temas específicos tais como o desporto, os programas infantis, musicais, etc. Os canais generalistas como a SIC ou TVI continuam a serem os mais vistos, pois a recepção é em sinal aberto, isto é gratuita, não sendo necessário qualquer aparelho descodificador – não falo das excepções das regiões autónomas porque é outro assunto. Contudo, as pessoas recorrem cada vez mais à televisão por cabo por não se sentirem devidamente satisfeitas com os canais em sinal aberto. O que eu proponho é um novo canal de televisão, por cabo, que vá ao encontro das expectativas dos telespectadores.

Após demorados estudos sobre os hábitos televisivos dos portugueses, conseguimos perceber que género de programa deve ser criado para colmatar as lacunas que existem no panorama televisivo em Portugal. O lema é simples: “A Televisão de Todos os Portugueses”. Pode não ser novidade nenhuma, mas o conteúdo é. Este canal é de todos os portugueses porque é feito exclusivamente por eles! Nós, produção, fornecemos a parte técnica (estúdios, operadores de câmaras, etc.), mas quem trata da execução é o público. Este canal não vive de filmes de ficção ou de telenovelas brasileiras, mas sim da vida real. Trataremos de assuntos do dia-a-dia de cada pessoa, dos seus problemas, anseios e dificuldades. Pretendemos ser um canal interventivo na sociedade. Existe algum problema na sua cidade em que o Centro de Saúde não atende de forma condigna os utentes? Chamem-nos! Entrevistaremos a administração, recolheremos imagens para mostrar ao público o que está mal. Na sua rua, sabe que algum vizinho exerce violência doméstica na esposa e a polícia, apesar de ter conhecimento, não actua de forma a resolver o problema? Chamem-nos! Com câmaras e microfones escondidos, apanharemos o “criminoso” em flagrante delito. Na sua empresa, o patrão trata os operários de forma indigna e abusa do seu poder como empregador? Este canal de televisão tratará do problema. Esta é a verdadeira e genuína tele-realidade. Não há fingimentos, nem actores. O nosso propósito é resolvermos os vossos problemas com o intuito de melhorar as vossas vidas e combater as injustiças que abundam por este país fora. A única Quinta que existirá será a do Sr. Manel que, devido ao mau tempo, perdeu a sua colheita e ainda não recebeu o subsídio prometido pelo governo. Estaremos lá para denunciar este escândalo. Os críticos podem chamar-nos de demagogos, de aproveitadores dos males dos outros, mas a nossa intenção é precisamente resolver esses problemas quando já nenhuma instituição pública ou privada o consegue. Esperar um ano por uma operação será coisa do passado! Basta aparecermos e relatar o facto para chegar logo um médico que se oferecerá para realizar a cirurgia.

Por causa de possíveis ameaças, o anonimato é salvaguardado, por isso não tenha medo de nos contactar. Para existir, um canal precisa de publicidade, patrocínios. Nós queremos é donativos de cada um de vós; assim, não iremos sofrer pressões externas quanto aos conteúdos a emitir.

Nos telejornais, vemos algumas reportagens sensacionalistas com alguns casos que foram acima relatados. E, de facto, com o aparecimento das câmaras, as coisas parecem ser resolvidas. Se um canal se dedicar exclusivamente neste tipo de programa, o país poderá encetar por um caminho melhor e mais justo. Como não sei se vou ter autorização para abrir o tal canal, vou fundar um novo partido político e transformar este projecto televisivo em programa eleitoral. Que acha?

Esta crónica é dedicada ao Serviços de Estrangeiros e Fronteiras que mostrou ao país que em termos de autoridade moral, o governo deveria pensar duas vezes antes de criticar países que supostamente não respeitam o Direito Internacional, nomeadamente os Estados Unidos.

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