O Irão e a ameaça nuclear
A comunidade internacional vê com muita preocupação o retomar da actividade nuclear no Irão. Apesar de, segundo as autoridades iranianas, as investigações não terem como objectivo o fabrico de armas nucleares mas sim a produção de energia alternativa ao petróleo, nenhum país, mesmo a Rússia ou a China que têm tido uma relação diplomática especial com o Irão, confia plenamente nas palavras do presidente, Mahmoud Ahmadinejad. Sendo, o Irão, um estado considerado não-alinhado e com um passado bélico, a actuação populista e radical do seu presidente que apela o seu povo ao ódio a Israel e a valores islâmicos de teor fundamentalistas fazem temer o pior numa zona – o Médio-Oriente – já de si muito sensível. Esgotadas quase todas as vias diplomáticas e pacíficas para a resolução a bem deste problema, a possibilidade de uma intervenção militar é cada vez mais encarada.
O debate sobre a energia nuclear voltou à ordem do dia depois dos sucessivos aumentos do barril do petróleo e a crescente necessidade do seu consumo por parte de países emergentes, principalmente a China. Sendo o petróleo, ou melhor dizendo o crude, um combustível fóssil que vem da própria terra e, por isso, limitado, tornou-se imperativo para a Humanidade encontrar formas alternativas de produzir energias. Até em Portugal, um país extremamente dependente de outros países no que diz respeito ao consumo de energias, discute-se a possibilidade de abrir uma central nuclear para diminuir as despesas com o petróleo. Se Portugal abrir uma central nuclear, a comunidade internacional não trará problemas à execução do projecto, logo que sejam seguidos todos os trâmites de segurança. E porquê? Porque somos um país de confiança, tal como a França, a Espanha ou os Estados Unidos que possuem centrais nucleares.
O Irão é o segundo produtor de petróleo mais importante da OPEP. Não se percebe então a sua suposta preocupação em abrir centrais nucleares para produzir energia. E, mesmo que essa preocupação até seja legítima, por que é que as autoridades de Teerão não apostam em energias renováveis? Não se tratando de um país de confiança, a comunidade internacional tem toda a legitimidade para tentar impedir as intenções nucleares iranianas.
Em breve, a ONU irá discutir, em Conselho de Segurança, esta questão. Falta só o apoio da China, da Rússia e da Índia para que tal aconteça, pois para a União Europeia e os Estados Unidos todas as vias negociais fracassaram com o Irão. No entanto, a provável aprovação de sanções por parte da ONU pode tornar-se contraproducente porque haveria uma subida vertiginosa do petróleo. Daí a possibilidade de uma intervenção militar ser cada vez mais considerada.
Desta vez, os Estados Unidos têm mantido um low profile. Consciente de que não tem recursos económicos e militares suficientes e que a sua autoridade moral como árbitro do mundo foi seriamente abalada com a intervenção no Iraque, a Administração de Bush não pode tomar uma nova iniciativa unilateralmente. Este novo desafio é uma forma de reaproximar a Europa e os Estados Unidos. Exemplo disso foi o encontro entre a Chanceler alemã e o Presidente americano que resultou num “novo começo” nas relações entre os dois países. O facto de a União Europeia “chefiar” as ameaças contra o Irão é um indicador positivo de que as relações transatlânticas estão em vias de ser retomadas no seu todo.
Encontrando-se numa expectativa angustiante em relação ao estado de saúde de Ariel Sharon, Israel tem estado à margem deste conflito diplomático. No entanto, é dos países que mais tem a temer com a ameaça nuclear iraniana. Depois da iniciativa unilateral dos Estados Unidos relativamente ao Iraque, não será de estranhar se Israel fizer o mesmo com o Irão. Mas as proporções que esta acção poderia tomar são inimagináveis.
O debate sobre a energia nuclear voltou à ordem do dia depois dos sucessivos aumentos do barril do petróleo e a crescente necessidade do seu consumo por parte de países emergentes, principalmente a China. Sendo o petróleo, ou melhor dizendo o crude, um combustível fóssil que vem da própria terra e, por isso, limitado, tornou-se imperativo para a Humanidade encontrar formas alternativas de produzir energias. Até em Portugal, um país extremamente dependente de outros países no que diz respeito ao consumo de energias, discute-se a possibilidade de abrir uma central nuclear para diminuir as despesas com o petróleo. Se Portugal abrir uma central nuclear, a comunidade internacional não trará problemas à execução do projecto, logo que sejam seguidos todos os trâmites de segurança. E porquê? Porque somos um país de confiança, tal como a França, a Espanha ou os Estados Unidos que possuem centrais nucleares.
O Irão é o segundo produtor de petróleo mais importante da OPEP. Não se percebe então a sua suposta preocupação em abrir centrais nucleares para produzir energia. E, mesmo que essa preocupação até seja legítima, por que é que as autoridades de Teerão não apostam em energias renováveis? Não se tratando de um país de confiança, a comunidade internacional tem toda a legitimidade para tentar impedir as intenções nucleares iranianas.
Em breve, a ONU irá discutir, em Conselho de Segurança, esta questão. Falta só o apoio da China, da Rússia e da Índia para que tal aconteça, pois para a União Europeia e os Estados Unidos todas as vias negociais fracassaram com o Irão. No entanto, a provável aprovação de sanções por parte da ONU pode tornar-se contraproducente porque haveria uma subida vertiginosa do petróleo. Daí a possibilidade de uma intervenção militar ser cada vez mais considerada.
Desta vez, os Estados Unidos têm mantido um low profile. Consciente de que não tem recursos económicos e militares suficientes e que a sua autoridade moral como árbitro do mundo foi seriamente abalada com a intervenção no Iraque, a Administração de Bush não pode tomar uma nova iniciativa unilateralmente. Este novo desafio é uma forma de reaproximar a Europa e os Estados Unidos. Exemplo disso foi o encontro entre a Chanceler alemã e o Presidente americano que resultou num “novo começo” nas relações entre os dois países. O facto de a União Europeia “chefiar” as ameaças contra o Irão é um indicador positivo de que as relações transatlânticas estão em vias de ser retomadas no seu todo.
Encontrando-se numa expectativa angustiante em relação ao estado de saúde de Ariel Sharon, Israel tem estado à margem deste conflito diplomático. No entanto, é dos países que mais tem a temer com a ameaça nuclear iraniana. Depois da iniciativa unilateral dos Estados Unidos relativamente ao Iraque, não será de estranhar se Israel fizer o mesmo com o Irão. Mas as proporções que esta acção poderia tomar são inimagináveis.
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