Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, janeiro 29, 2012

A estratégia do PS para as eleições regionais



A pré-campanha eleitoral já começou. O PS Açores sabe que as favas não estão contadas, antes pelo contrário. No entanto, pelo facto de estar no governo e parte dos seus militantes estarem integrados nos altos quadros da administração pública regional e autárquica, os socialistas irão certamente aproveitar-se dessa vantagem, dando tudo por tudo para vencer.

Ainda há bem pouco tempo, houve um primeiro ensaio na estratégia de combate político que passou por atacar, pasme-se, Berta Cabral e os governos do PSD dos tempos de Mota Amaral. A narrativa passava por relembrar aos açorianos como naqueles tempos (década de oitenta e meados de noventa do século passado) a Região era atrasada e pobre até o PS alcançar o poder. Rapidamente, os socialistas foram dando conta do erro, pois nenhum açoriano é capaz de dar credibilidade a este tipo de críticas. Tinha mais lógica contestar a governação da Presidente do PSD enquanto Presidente da Câmara de Ponta Delgada, mas, mesmo neste caso, o tiro poderia sair pela culatra. Assim sendo, tornou-se imperativo mudar de plano.

O objectivo passa por continuar os ataques políticos sobre a líder do maior partido da oposição, mas, agora, colá-la ao Governo da República e ao desaire do Governo madeirense. O PS auto-elege-se como único defensor dos Açores e dos açorianos, chamando sub-repticiamente de “traidor” ao adversário.

Alguns membros destacados do PS Açores têm endurecido o tom contra Lisboa. Por vezes, o discurso torna-se quase alucinado quando defendem uma postura vigilante em relação ao continente (vai-se lá saber o que isso é) e quando acusam a passividade do Presidente da República em relação às medidas de austeridade que são impostas pela Troika. A realidade encarrega-se de mostrar a falsidade dessas afirmações, pois são notórias as divergências crescentes entre Cavaco Silva e Passos Coelho e o seu papel determinante enquanto moderador não só nas negociações entre os parceiros sociais para a reforma laboral como, mais recentemente, entre a República e a Madeira. Provavelmente, lançam “bitaites” a ver se pega, mas é melhor esquecer.

O único poupado a este esforço é o candidato socialista Vasco Cordeiro. O actual Secretário Regional da Economia anda pelas ilhas a inaugurar, a prometer e a anunciar tudo e mais alguma coisa, abrangendo todas as áreas da governação, desde o turismo à educação. Pelos vistos, Vasco Cordeiro não entrará na disputa partidária. Com base no argumento traçado, o candidato andará pelas ilhas a elogiar as iniciativas positivas de pessoas e identidades açorianas, dando sempre uma palavra de esperança. E quando houver algo que não corra bem, atribuirá a culpa ao “malvado” Governo da República. Por sua vez e porque nada tem a perder, Carlos César manter-se-á honradamente nas suas funções, não se coibindo de criticar todos aqueles que não são socialistas. As futuras inaugurações das grandes obras de regime servirão de palco para um discurso guerreiro contra Lisboa e apocalíptico relativamente a um possível governo do PSD Açores. Alguns blogues e titulares de contas em redes sociais encarregar-se-ão de fazer o trabalho sujo para acicatar a campanha: serão os novos candidatos ao job for the boys versão 2.0.

Todos os militantes do PS estão convocados para esta batalha, e motivação não lhes falta: basta pensar que a derrota leva à perda de lugares de poder e privilégios, o que poderá pôr em causa o conforto de vida de que até agora têm usufruído.

Para o PSD Açores, a dúvida não é saber se está motivado, é saber se está preparado para esta luta, que será propensa em manigâncias políticas, ataques pessoais e mentiras à medida que as eleições se irão aproximando. O PS poderá cometer erros; o PSD não terá a mesma benesse.

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Com este palhaço não vai longe o ps,só se os Açorianos estão ficando mais BURROS.

10:24 da tarde  

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