Complot

Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...

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domingo, junho 08, 2014

O dia D da FLA




            Foi com particular emoção que assisti às comemorações do septuagésimo aniversário do Desembarque dos Aliados nas praias francesas para por fim ao regime Nazi. Emoção não só devido ao simbolismo da data, mas também derivado das atuais convulsões entre a Rússia e o Ocidente. Por cá, o dia foi dedicado à FLA onde se evocou um passado que se antevia glorioso, mas cujo feliz desenlace foi negado por um conjunto de “traidores” da pátria açoriana.

            Como manda a tradição, a cada 6 de junho, a FLA desperta o “fantasma” da independência, recorrendo ao eterno argumento do sufoco que a República supostamente induz no arquipélago. Dizem os independentistas: “Não temos nada contra os portugueses; o problema são os governantes”, que por acaso são eleitos pelos portugueses. 

Apesar de discordar veementemente da ideia de os Açores se tornarem independentes, considero que num país livre devem coabitar opiniões divergentes como até conflituosas, logo que o civismo nas intervenções e o respeito para com a lei sejam cumpridos. Até defendo que estes grupos possam constituir um partido político para legitimar a sua causa, o que estranhamente ainda não acontece. O PDA não conta.

            Nas intervenções deste ano, veiculadas pela Comunicação Social, a palavra “traição” e “traidores” surgiu por diversas vezes. Como cidadão anti-independência, mas autonomista convicto, senti-me atingido e não gostei. Traição é uma palavra demasiado forte para acusar quem discorda de nós. 

            No início da intervenção da Troika, defendi de forma provocatória que, após o fim do programa de assistência financeira, se deveria dar voz ao povo açoriano e madeirense para se pronunciar sobre a questão através de um referendo (na verdade, essa opção nem está contemplada na Constituição Portuguesa). Por isso, num momento em que se discute tanto a Constituição Portuguesa e quem zela por ela, este é o momento oportuno para incendiar ainda mais a controvérsia. O meu voto “não” está garantido. E não é difícil adivinhar qual a intenção da maioria dos ilhéus. 

            Contra o insucesso escolar, marchar, marchar

            Sinceramente, não percebo o Partido Socialista dos Açores. Vai fazer 18 anos que está no poder e, de entre vários problemas que não consegue resolver, o insucesso escolar, aliado ao abandono, é aquele que mais estragos está a fazer nos Açores. 

            Não duvido das boas intenções dos vários governantes socialistas que ao longo dos anos tutelaram a Secretaria Regional da Educação. Não duvido das suas preocupações relativas ao assunto, mas já passou demasiado tempo (18 anos!). Deram o melhor de si, mas não foi suficiente. 

            No início do seu mandato, o atual secretário, Luís Fagundes Duarte, defendeu que os problemas sociais, nomeadamente a demissão dos pais na educação dos filhos, contribuíam fortemente para a dificuldade de aprendizagem dos alunos. 

            Assim sendo, onde estão as medidas que visam tratar desta problemática? De que servem os programas de apoio escolar como o projeto Fénix, se em paralelo não há um trabalho de parental coaching, de promoção e valorização da escola e da aprendizagem junto da sociedade? Pois é, leva tempo. Já lá vão 18 anos. Como diz o outro, qual é a pressa?

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