Portugal em Declínio
Não se fala de outra coisa. O episódio da novela Fátima Felgueiras atingiu o auge com o seu regresso triunfante do Brasil, tal um herói que regressa de uma feroz batalha. Tanta tinta já correu desde esse momento com uma opinião unânime: o descaramento de ela ter voltado para participar na campanha autárquica e a ineficiência da justiça em puni-la por ter fugido do país há dois anos. Parece que impunidade vale para alguns, pelos vistos sempre os mesmos, os mais poderosos. Cada vez que se pensa na depressão do país, das injustiças que vigoram, parece que Portugal encontra sempre um buraco ainda mais fundo no qual se vai lentamente enterrando. A depressão deixou de ser o termo correcto para caracterizar psicologicamente os portugueses. Mais vale falar em declínio.
Nestas eleições de Outubro, mais do que saber quem vão ser os próximos autarcas do país, vai ser interessante observar o comportamento dos eleitores face aos candidatos que se encontram arguidos em processos judiciais. Não se trata de discutir questões processuais: cada alho no seu bugalho. A questão é do foro ético. Aqueles que deviam dar o exemplo cívico aos cidadãos acabam por mostrar como se dá a volta aos tribunais e como a impunidade e a inconsequência são só para alguns privilegiados. Como se pode criticar professores que se manifestam em frente ao primeiro-ministro, alegando tratar-se de um mau exemplo para os alunos, quando os garantes da democracia fazem pior? Será que a partir de agora posso cometer um crime e fugir do país alegando a morosidade e a injustiça da nossa justiça?
O pior que pode acontecer numa sala de aula é quando um professor deixa de ser respeitado pelos alunos; gera-se o caos. O mesmo acontece no caso dos políticos e tribunais com consequências bem mais graves. Seria bom que os votantes das respectivas concelhias em questão castigassem nas urnas aqueles que se acham superiores aos outros. Quem é que convida para jantar em sua casa alguém a braços com a justiça?
Se estes candidatos-arguidos ganharem as eleições quem perderá será o país. Não é um exagero. É uma questão de princípios e de respeito. Para perceber até que ponto isto chegou, basta pôr nos seguintes termos: Um marido que trabalha arduamente para a família mas que trai a sua esposa é um bom ou mau marido?
Nestas eleições de Outubro, mais do que saber quem vão ser os próximos autarcas do país, vai ser interessante observar o comportamento dos eleitores face aos candidatos que se encontram arguidos em processos judiciais. Não se trata de discutir questões processuais: cada alho no seu bugalho. A questão é do foro ético. Aqueles que deviam dar o exemplo cívico aos cidadãos acabam por mostrar como se dá a volta aos tribunais e como a impunidade e a inconsequência são só para alguns privilegiados. Como se pode criticar professores que se manifestam em frente ao primeiro-ministro, alegando tratar-se de um mau exemplo para os alunos, quando os garantes da democracia fazem pior? Será que a partir de agora posso cometer um crime e fugir do país alegando a morosidade e a injustiça da nossa justiça?
O pior que pode acontecer numa sala de aula é quando um professor deixa de ser respeitado pelos alunos; gera-se o caos. O mesmo acontece no caso dos políticos e tribunais com consequências bem mais graves. Seria bom que os votantes das respectivas concelhias em questão castigassem nas urnas aqueles que se acham superiores aos outros. Quem é que convida para jantar em sua casa alguém a braços com a justiça?
Se estes candidatos-arguidos ganharem as eleições quem perderá será o país. Não é um exagero. É uma questão de princípios e de respeito. Para perceber até que ponto isto chegou, basta pôr nos seguintes termos: Um marido que trabalha arduamente para a família mas que trai a sua esposa é um bom ou mau marido?
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