Fantochada no Parlamento Regional
Nesta nova legislatura, os
Açores têm pela primeira vez - tal como acontece no continente - uma mulher como
Presidente da Assembleia Regional. Sendo o segundo cargo com maior relevo
político na Região, espera-se que a escolha se tenha regido por critérios de
experiência e competência políticas e não por uma cedência tonta ao politicamente
correto.
Ana Luís foi a escolha do Partido
Socialista para presidir à Assembleia Regional. Não foi, estranhamente, uma
escolha consensual dentro do partido que sustenta o governo de Vasco Cordeiro.
Com o tempo, percebe-se a razão de tal incómodo.
Quem tem a possibilidade de assistir
aos plenários na cidade da Horta, fica com a sensação de estar dentro duma sala
de aula onde a professora perdeu o total controlo sobre os alunos. A Presidente
do Parlamento Regional não tem conferido dignidade ao cargo que ocupa quando se
torna refém – ou, pior, cúmplice – da maioria parlamentar e dalgumas figuras do
governo.
As constantes interrupções dos
socialistas às intervenções da oposição, a dualidade de critérios no trato aos
deputados da maioria e aos da oposição são inadmissíveis, pois transformam a
Assembleia Regional numa fantochada.
Se a autoridade e a imparcialidade da
Presidência do Parlamento Regional não forem devidamente repostas, Ana Luís dificilmente
terá condições para se manter no cargo.
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