Quando for grande, quero ser terrorista
Não gosto dos árabes terroristas. Não gosto daquela gente. Dizem que fazem atentados em nome do seu deus, mas quando olho à minha volta e vejo tanta maldade, acho que não existe deus nenhum.
Um dia, fui com o meu pai às finanças. Chamaram-no porque se tinha enganado nas contas e não tinha declarado tudo o que ganhava. O senhor que o atendeu foi extremamente grosseiro. Quase insultava o meu pai. Falava alto para toda a gente ouvir. Por detrás da sua secretária, ele era um homem superior. Ninguém reclamava porque ele tinha o queijo e a faca na mão. O meu pai, cheio de raiva, olhou para o chão; não valia a pena. Saímos da repartição tal uns criminosos declarados culpados num julgamento. Disse ao meu pai que o homem era um tolo presunçoso. Ao chegar perto de uma pastelaria, ele ofereceu-me um gelado. Agradeceu-me com um gesto de amizade por o ter defendido. À noite, na cama, imaginei-me a entrar pela repartição dentro com um taco de basebol e a partir a secretária do tal tolo. Mas, também pensei que seria preso e só complicaria as coisas. Pensei então em pôr uma bomba no carro dele, como no telejornal. Nunca saberiam quem foi o culpado. Mas ele podia morrer. Já não me agradou apesar de achar que ele merecia.
Acordei no dia seguinte e senti algo de diferente em mim. Olhei à minha volta e senti que estava tudo errado. O meu pai folheava o jornal da manhã. Crimes, atentados, corrupção e uma mamã Panda que dera à luz uma cria. “A vida é feita de vida e morte”. Fui então para a escola no habitual autocarro. Os condutores vão muito apressados para o trabalho. O meu professor de história é um fascista. Consola-se a falar de Hitler. Quando fala de Auschwitz os olhos brilham. Se pudesse, punha uma bomba no carro dele. Na cantina, os melhores lugares vão para os mais velhos. Os mais pequenos, como eu, têm medo deles. É a lei do mais forte dizem eles. Por que é que não sou um super-herói? Dava-lhes uma tareia em frente a todos e as raparigas olhavam para mim estupefactas e seduzidas pela minha força. Mas não. Tenho de os deixar passar na fila à espera da comida. Quando chego a casa, a minha mãe, que se sente adoentada, pede-me para fazer uns recados. A partir desse dia, reparei que as pessoas que têm um determinado cargo gostam de se exibir e mostrar que são elas quem mandam. Às vezes, ou muitas vezes, abusam desse poder.
No dia seguinte, a minha mãe continua indisposta e frágil. Telefona a uma clínica privada para marcar consulta, porque não está em condições para esperar horas no centro de saúde. Vou com ela para a ajudar no caso de ela precisar. Já na clínica, esperamos bastante, pois o médico atrasara-se. No consultório, o médico parece-me pouco preocupado com a saúde da minha mãe. A forma como ele faz o diagnóstico deixa-me enfurecido, mas não posso fazer nada; se eu disser alguma coisa, ele pode vingar-se e dar algo à minha mãe que possa fazer mal. A minha mãe pede-lhe para receitar medicamentos baratos, mas ele diz que não, que não presta e que ele é médico há trinta anos e que não está para ouvir conselhos de uma mulher que só tem a 4ª classe. Conheço o carro dele. Posso furar-lhe o pneu. Mas não me parece suficiente. Como ele há muitos neste planeta.
Se pudesse, criava uma organização terrorista que trataria de dar apoio às pessoas mal tratadas ou injustiçadas. Não haveria cá julgamentos; estou farto de ver os graúdos de gravata em tribunal a rirem-se das pessoas. Não. Justiça com as próprias mãos!
Saí da clínica feliz com esta ideia. O único problema: como concretizá-la? Ao chegar a casa, resolvi o problema: a Internet. Vou criar um site angariar, com a minha mensagem, colaboradores para esta missão de cariz humanitária; tudo de forma secreta e anónima. Mas, antes, preciso de aprender. Procuro sites de terroristas oficiais. A Net é maravilhosa! Até me ensina a construir uma bomba. Guardo essas páginas nos “Meus favoritos”; servirá para mais tarde.
Os anos passam. A minha mãe acha-me diferente. Continuo a ter uma vida considerada normal para um adolescente, mas agora deixei crescer a barba e os meus amigos são agora diferentes dos antigos. Ela até não se importa muito, porque as minhas notas na escola subiram. Como quero ser engenheiro químico, tenho de estudar muito. É verdade que, no princípio, não gostava dos radicais islâmicos. Mas ao ler o Corão com os meus novos amigos, ao ver como os americanos e judeus tratam mal os árabes, nomeadamente os palestinianos, penso que devo tomar uma posição. Se quero um mundo mais justo, devo lutar com toda a força que Al... Deus me deu.
Agora, ando a poupar dinheiro para ir até à Palestina. Tenho bons contactos e, provavelmente, poderei encontrar um novo rumo para a minha vida. Sei que vai ser difícil para os meus pais entenderem, mas faço isto não para mim mas para o bem da humanidade.
Um dia, fui com o meu pai às finanças. Chamaram-no porque se tinha enganado nas contas e não tinha declarado tudo o que ganhava. O senhor que o atendeu foi extremamente grosseiro. Quase insultava o meu pai. Falava alto para toda a gente ouvir. Por detrás da sua secretária, ele era um homem superior. Ninguém reclamava porque ele tinha o queijo e a faca na mão. O meu pai, cheio de raiva, olhou para o chão; não valia a pena. Saímos da repartição tal uns criminosos declarados culpados num julgamento. Disse ao meu pai que o homem era um tolo presunçoso. Ao chegar perto de uma pastelaria, ele ofereceu-me um gelado. Agradeceu-me com um gesto de amizade por o ter defendido. À noite, na cama, imaginei-me a entrar pela repartição dentro com um taco de basebol e a partir a secretária do tal tolo. Mas, também pensei que seria preso e só complicaria as coisas. Pensei então em pôr uma bomba no carro dele, como no telejornal. Nunca saberiam quem foi o culpado. Mas ele podia morrer. Já não me agradou apesar de achar que ele merecia.
Acordei no dia seguinte e senti algo de diferente em mim. Olhei à minha volta e senti que estava tudo errado. O meu pai folheava o jornal da manhã. Crimes, atentados, corrupção e uma mamã Panda que dera à luz uma cria. “A vida é feita de vida e morte”. Fui então para a escola no habitual autocarro. Os condutores vão muito apressados para o trabalho. O meu professor de história é um fascista. Consola-se a falar de Hitler. Quando fala de Auschwitz os olhos brilham. Se pudesse, punha uma bomba no carro dele. Na cantina, os melhores lugares vão para os mais velhos. Os mais pequenos, como eu, têm medo deles. É a lei do mais forte dizem eles. Por que é que não sou um super-herói? Dava-lhes uma tareia em frente a todos e as raparigas olhavam para mim estupefactas e seduzidas pela minha força. Mas não. Tenho de os deixar passar na fila à espera da comida. Quando chego a casa, a minha mãe, que se sente adoentada, pede-me para fazer uns recados. A partir desse dia, reparei que as pessoas que têm um determinado cargo gostam de se exibir e mostrar que são elas quem mandam. Às vezes, ou muitas vezes, abusam desse poder.
No dia seguinte, a minha mãe continua indisposta e frágil. Telefona a uma clínica privada para marcar consulta, porque não está em condições para esperar horas no centro de saúde. Vou com ela para a ajudar no caso de ela precisar. Já na clínica, esperamos bastante, pois o médico atrasara-se. No consultório, o médico parece-me pouco preocupado com a saúde da minha mãe. A forma como ele faz o diagnóstico deixa-me enfurecido, mas não posso fazer nada; se eu disser alguma coisa, ele pode vingar-se e dar algo à minha mãe que possa fazer mal. A minha mãe pede-lhe para receitar medicamentos baratos, mas ele diz que não, que não presta e que ele é médico há trinta anos e que não está para ouvir conselhos de uma mulher que só tem a 4ª classe. Conheço o carro dele. Posso furar-lhe o pneu. Mas não me parece suficiente. Como ele há muitos neste planeta.
Se pudesse, criava uma organização terrorista que trataria de dar apoio às pessoas mal tratadas ou injustiçadas. Não haveria cá julgamentos; estou farto de ver os graúdos de gravata em tribunal a rirem-se das pessoas. Não. Justiça com as próprias mãos!
Saí da clínica feliz com esta ideia. O único problema: como concretizá-la? Ao chegar a casa, resolvi o problema: a Internet. Vou criar um site angariar, com a minha mensagem, colaboradores para esta missão de cariz humanitária; tudo de forma secreta e anónima. Mas, antes, preciso de aprender. Procuro sites de terroristas oficiais. A Net é maravilhosa! Até me ensina a construir uma bomba. Guardo essas páginas nos “Meus favoritos”; servirá para mais tarde.
Os anos passam. A minha mãe acha-me diferente. Continuo a ter uma vida considerada normal para um adolescente, mas agora deixei crescer a barba e os meus amigos são agora diferentes dos antigos. Ela até não se importa muito, porque as minhas notas na escola subiram. Como quero ser engenheiro químico, tenho de estudar muito. É verdade que, no princípio, não gostava dos radicais islâmicos. Mas ao ler o Corão com os meus novos amigos, ao ver como os americanos e judeus tratam mal os árabes, nomeadamente os palestinianos, penso que devo tomar uma posição. Se quero um mundo mais justo, devo lutar com toda a força que Al... Deus me deu.
Agora, ando a poupar dinheiro para ir até à Palestina. Tenho bons contactos e, provavelmente, poderei encontrar um novo rumo para a minha vida. Sei que vai ser difícil para os meus pais entenderem, mas faço isto não para mim mas para o bem da humanidade.
6 Comentários:
CARO AMIGO PAULO SEI QUE JÁ SE PASSARAM DOIS ANOS DESDE QUE VOCÊ POSTOU ISSO AQUI E SÓ AGORA DE PASSAGEM EU VÍ. GOSTARIA DE SABER SE CONSEGUIU O QUE QUERIA ? EU MORO AQUI NO BRASIL E TENHO O MESMO PENSAMENTO TEU. MAS QUE PENA QUE AQUI É UM PAIS DE MARICAS CHORÕES QUE NÃO SABEM AGIR. QUERO UMA MILITÂNCIA AQUI TAMBÉM, MAS COMO ?O BRASIL É UMA DROGA EM VÁRIOS SENTIDOS E PIOR AINDA DO QUE PORTUGAL . SE VER ISSO ALGUM DIA ENTRE EM CONTATO COMIGO PARA FALARMOS SOBRE ISSO OK? MEU EMAI É :papinhaguitar@hotmail.com VOU FICAR MUITO FELIZ EM PODER COMPARTILHAR COM VOCÊ O MESMO SENTIMENTO EM RELAÇÃO AO SISTEMA DE NOSSOS PAÍSES. UM GRANDE ABRAÇO !
Ola Paulo, sei o que sente,e juntos podemos colocar um basta nisso tudo, o GENB o Grupo Extremista Nacionalista Brasileiro esta em pe se preparando, pra comessar a agir, é de pessoas como você é que contamos, precisamos de homens, mulheres e crianças com objetivos diretos, o pais passa por momentos infinitos de corrupçao e estrema covardia aos seus patriotas,pessoas sofrem de todas as formas que se possa imaginar, ja estamos canssados de esperar soluçoes,que e prometida em todas as eleiçoes, nada fazem, seja quem for o presidente, todos sao fracos, corruptos e covardes! entraremos em contato de maneira segura, esperamos que ainda tem a mesma ideia e objetivos comum, vamos mudar esse quadro pode ter sertesa. cuidado com quem fala, muita atençao estao de olho na gente e estamos preparados pra eles! etenciosamente lider da GENB.
ki merda gostei disso legal.
ta blz já chegou ond queria
pq nao ouvir falr em nem um
paulo nnnzzz blz...
me add:dj3d_hothaker@hotmail.com
tudo fica apenas na ficção !!!! até já me mudei de país e até agora nada!!! irei voltar em breve para o brasil e quero ter a certeza de poder fazer algo pra ajudar meu país a ser um país de gente e não de animais !!!meu email continua o mesmo ai do segundo post (papinha),quem tiver alguma idéia vamos se falando .abraços.
ei amigo paulito,sou da mesma opinião sua e concordo q nosso brasil só tem viados ninguem é macho pra fazer barulho.gostaria de estar com vc no dia e na hora dce fazer levantar poeira.anderson_figueiro@hotmail.com seu contato será importante
meu e-mail é melquesedexinacio@gmail.com
Olha amigo a coisa melhor que existe no terrorismo é que eles além de ser um exército são também um grupo social, lhe digo com toda certeza que não tenho uma gota de sentimento para colocar uma bomba no meu corpo em favor da justiça social e do fim da discriminação, vamos com fé, se conseguires o seu objetivo entre em contato comigo e estarei pronto para entrar no grupo.
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