Complot
Este blogue nada tem de original. Fala de assuntos diversos como a política nacional ou internacional. Levanta questões sobre a sociedade moderna. No entanto, pelo seu título - Complot -, algo está submerso, mensagens codificadas que se encontram no meio de inocentes textos. Eis o desafio do século: descobri-las...
Acerca de mim
- Nome: Paulo Noval
- Localização: Praia da Vitória, Terceira, Portugal
domingo, maio 30, 2010
Paraíso Perdido T2C30

O fim do Estado Social
O governo tem tentado explicar às pessoas que a subida repentina do défice público se deveu aos apoios sociais concedidos nos últimos dois anos. Esta semana, esses apoios extraordinários foram praticamente eliminados.
Se a lógica fosse seguida, só haveria razões para retirar estas subvenções sócias se houvesse recuperação económica e se o desemprego estivesse a baixar. Mas não. A crise agudiza-se e, quando esta deveria ser a altura para implementar políticas sociais para ajudar quem mais precisa, é feito precisamente o contrário. Onde está o ideal socialista que a Esquerda gosta tanto de clamar? Continuo na minha: o socialismo é uma utopia que na prática resulta num fracasso com proporções dramáticas para a vida das pessoas.
É crucial que num Estado de Direito se ajude quem mais precise. Mas esta ajuda deve ter limites, quer no tipo de pessoas a quem se dirige, quer no tempo em que o apoio é concedido. Não faltam exemplos no mundo de governos que fazem votar leis que pretendem proteger os mais fracos, mas que acabam por prejudicá-los ainda mais.
Nunca se falou tanto nas boas políticas sociais conduzidas pelas IPSS. A explicação para tal fenómeno é muito simples: as IPSS empreendem políticas de proximidade que abordam os problemas locais, não se perdendo em teorias sociológicas de carácter global. As IPSS tentam profissionalizar e rentabilizar economicamente todos os serviços que oferecem, isto apesar de pagar mal aos seus trabalhadores.
Esta crise, não obstante o mal que está e provocar na vida das pessoas, traz algo de bom. Esta é a oportunidade de ouro para redefinir não só toda a estrutura do nosso Estado de Direito, como também para rever o papel que deve desempenhar nas políticas sociais.
Obsessão Mourinho
sábado, maio 29, 2010
Açores, a caminho da modernidade
A brincar à política
sexta-feira, maio 28, 2010
Aos sindicatos dos Professores nos Açores
O perigo da susceptibilidade
Os vulcões e as alterações climáticas
Vou cometer uma imprudência, dissertando sobre um assunto do qual não sou especialista. Alguns levarão a mal por tal atrevimento, mas agradeço que me corrijam caso esteja errado. De todos os modos, vou seguir a máxima: “Pior do que a ignorância é a arrogância” e, humildemente, vou expor as minhas dúvidas a partir de leituras feitas.
O vulcão da Islândia provocou o pânico na Europa. Deu prejuízos consideráveis em diversos sectores da sociedade, felizmente sem vítimas mortais. As consequências de uma erupção vulcânica são imprevisíveis se bem que é possível antecipar a possível erupção e salvar vidas ao contrário dos sismos.
Perante a nuvem que se adensava pela Europa e pelo Oceano Atlântico, algumas vozes explicaram que a erupção poderia ser uma consequência do aquecimento global. Indirectamente, culpava-se outra vez o homem pela destruição do mundo. No entanto, isto fez-me pensar: e se fosse o contrário? E se as cinzas do vulcão pudessem alterar o clima devido à sua extensão?
De facto, não me foi difícil encontrar informações que sustentassem a minha tese que, muito estranhamente, não vi divulgadas nos meios de comunicação social.
Um dos Fundadores da América, Benjamin Franklin, publicou um estudo no qual colocou a hipótese de a erupção vulcânica em Junho de 1783, na Islândia, ter provocado no ano seguinte um Inverno particularmente rude e um Verão frio. Outro caso é a erupção do vulcão Piñatubo, nas Filipinas, ocorrido 1991, que desencadeou uma descida global das temperaturas.
A explicação é deveras simples – dizem os entendidos -. O ácido sulfúrico expelido pelos “grandes” vulcões para a estratosfera absorve o vapor da água e transforma-se numa nuvem chamada “aerossol”. Esta acaba por absorver os raios solares e até reflecti-los para o espaço. Havendo uma redução da energia solar na camada terrestre, dá-se o arrefecimento climático que pode ter proporções globais.
Com estes dados, fiquei a pensar na teoria do aquecimento global que encontra cada vez mais opositores, porque ela baseia-se em dados que não abarcam todos os factores exógenos e imprevisíveis. Não há dúvidas de que, de há dois anos para cá, temos sentido um arrefecimento global aliado a um certo ajustamento das estações do ano - quando veicula a ideia de que só há duas estações, Verão e Inverno.
Dito isto, parece que para além da crise, em 2011, iremos ter um Inverno bem frio. Preparados?
quinta-feira, maio 27, 2010
Menos deputados
segunda-feira, maio 24, 2010
domingo, maio 23, 2010
Paraíso Perdido T2C29

Tal como diz José Sócrates, não há dúvidas de que o mundo mudou. Mas não mudou há duas semanas. Foi desde que o PS perdeu a maioria absoluta que o mundo em Portugal mudou.

Já todos concluíram que com as políticas educativas que o país segue não se vai a lado nenhum a não ser na democratização da ignorância e da mediocridade. Este flagelo alastrou-se por todo o país e chegou aos Açores, porque a Região não soube aproveitar a autonomia que a República lhe confere para evitar os erros do continente.
Para dar um exemplo das oportunidades que se perdem nas reformas educativas nos Açores basta citar os exames de final de cada ciclo que são diferentes dos do continente. Nunca percebi essa discrepância. O que terá levado a Secretaria a querer fazer diferente do que no continente? Já agora: quais são os exames mais difíceis? Os do continente ou as nossas PASE? Acredito que se os Exames Nacionais não contassem para a entrada na universidade, lá teríamos aqui uma versão regional dos exames de 12º. No entretanto, enquanto os nossos alunos fogem das Secundárias rumo às escolas profissionais, os políticos discutem um assunto tão crucial como o Currículo Regional.
Acham mesmo que o Currículo Regional vai tornar os alunos açorianos mais inteligentes? Aliás, nem se deve dizer isso. A palavra “inteligente” foi banida da escola, não vão as nossas criancinhas ficar traumatizadas. Podia dizer “obter melhores resultados” mas essa expressão soa-me a batota.
Quanto mais tempo ando na escola, menos percebo do assunto.
Joyeux anniversaire
sábado, maio 22, 2010
sexta-feira, maio 21, 2010
quinta-feira, maio 20, 2010
o RSI, toujours et encore
"Assalariámos a pobreza, como preconizava Rosanvallon? Sem dúvida que sim. O espírito assistencialista da prestação, o seu automatismo e o facto de ser um rendimento de garantia e não um rendimento de inserção potenciaram a inércia social geralmente associada a mecanismos de pura subsidiação e consagraram a dependência como forma de vida minando a dignidade das pessoas, a sua auto-estima e desvalorizando o reforço da capacidade individual para se bastar. Tudo mergulhado num caldo de permissividade e suspeição."
Maria Nogueira Pinto, no DN
Esta dos especialistas tem muito que se lhe diga
É tão bom clamar para que a sociedade civil seja pró-activa, mas parece que é quando convém.
Afinal, não passamos de treinadores de bancada.
A minha família é um exemplo
quarta-feira, maio 19, 2010
A asneira do tributo solidário
Nem todos os socialistas são iguais
terça-feira, maio 18, 2010
O experimentalismo Sim City
segunda-feira, maio 17, 2010
sábado, maio 15, 2010
Paraíso Perdido T2C28

Anarquia governamental
Sete meses após ter sido eleito, este governo morreu.
Só não foi enterrado porque os seus intervenientes precisam de ver o que é o inferno ainda em terra. A anarquia governamental instalou-se. Temos governo; não temos governantes. E toda esta miséria que aí vem para o povo não é por culpa da crise internacional, da banca, das agências de rating ou das cinzas do vulcão: a desgraça que fará recuar o nosso país, tornando-o ainda mais pobre do que já o é, tem como único culpado o governo socialista. Por mais que queiram “atirar areia para os olhos” esta é a verdade nua e crua.
Andámos todos estes anos hipotecando o nosso futuro. Os portugueses, confiantes na palavra de José Sócrates, acreditaram que ele podia resolver os seus problemas. Entre um discurso miserabilista de Ferreira Leite e um optimismo exacerbado de Sócrates, a escolha acabou por se tornar facilitada. Afinal, os portugueses são aqueles que mais jogam no Euromilhões, o que significa que todas as semanas, às sextas-feiras, o coração dos portugueses se enche de esperança, com o pensamento: “Talvez, seja desta”. Não foi. O país está moribundo. Por isso, vale a pena pensar no que virá a seguir.
Este governo não durará quatro anos. Aguentará as eleições presidenciais, que reconfirmarão Cavaco Silva para um segundo mandato e, logo de seguida, este governo cairá. Único detalhe: convém que seja o Presidente da República a convocar eleições antecipadas. O PS entrará na sua maior crise de sempre e o PSD não conseguirá sozinho governar com eficácia, por isso a coligação com o CDS, efectiva ou pontual, será decisiva.
A Esquerda do PS pensa que pode aumentar o seu número de simpatizantes, e em consequência de votantes, por causa da crise e do desgoverno socialista, mas esta perspectiva parece-me errada. Com esta crise, acabou-se um mito: o mito do socialismo.
O capitalismo está a corrigir os seus excessos e as pessoas perceberam que não é possível aguentar por muito tempo um Estado demasiado assistencialista. Não foi só este governo que morreu, morreu também uma ideologia.

O fundamentalismo português
Tenho cada vez mais dificuldades em viver em Portugal. Não se trata de problemas pessoais ou profissionais (por enquanto), mas antes problemas ideológicos.
Para além da anarquia governamental que se instaurou no país, há uma nova onda contestatária que se insurge contra aquilo que considera ser o direito sagrado ao seu bom nome. Esta semana foi exemplificativa do que vai na mente cada vez mais perturbada dos portugueses. E quando digo portugueses, refiro-me não só aos continentais como também aos insulares.
Do continente, temos a classe dos professores que se indignou por causa de um livro de anedotas. Dos Açores, temos um conjunto de anónimos que se irritaram por causa de um programa de televisão de que ninguém tinha ouvido falar. Da Madeira, a situação mais grave, temos um presidente do governo regional que pratica “bullying” ao director de um jornal de referência madeirense ao ponto de este se demitir.
Os três exemplos mostram o quanto a liberdade de expressão anda mal por este país. Porque a liberdade de expressão não é só poder dizer mal do Primeiro-ministro ou de outro político “intocável”. A liberdade de expressão não é só andar por aí a dizer que George W Bush é um criminoso e Tony Blair o seu cão de serviço. Isto, mais do que o uso de liberdade de expressão, é o abuso que a liberdade nos dá para poder dizer as bacoradas que nos vêm à cabeça pelo facto de sabermos que não terá consequências. Na verdade, a liberdade de expressão também pode servir para incomodar os anónimos e pacatos cidadãos.
Os três casos mostram que os fundamentalistas também existem neste rectângulo que se vangloria por ter sido o primeiro país a abolir a escravatura. Concluo com esta máxima do filósofo francês Voltaire que resume o quanto a liberdade é por vezes tão difícil de aceitar, mas da qual nunca deveremos abdicar: “Não concordo com aquilo que diz, mas defenderei até à morte o seu direito de o dizer".
No meu tempo de estudante, não havia nada disso
sexta-feira, maio 14, 2010
Os fundamentalistas de Portugal
quinta-feira, maio 13, 2010
Para acalmar alguns ânimos exaltados pelos Açores
quarta-feira, maio 12, 2010
Eu também acho que sim
“A Assembleia da República não pode lavar as mãos de um acto praticado no seu seio e tinha
a obrigação de as discutir”, disse o deputado social-democrata Fernando Negrão."
Isto a propósito do arquivamento da queixa enviada pelo Conselho Deontológico do Sindicato
dos Jornalistas, na sequência daquele triste episódio de furto protagonizado pelo deputado
Ricardo Rodrigues.
A pequenez açoriana
Dar um picante às presidenciais
Não sei se repararam
Acerca da proposta do CDS em relaçào à RTP
"A televisão, nos dias de hoje, ocupa um lugar muito importante na vida dos portugueses. Ao fim de um dia de trabalho, as pessoas chegam a casa e fazem “zapping” pelos canais, outras sentem-se avidamente no sofá para seguir o programa – muitas vezes novela – preferido. A noite prossegue com a companhia da “caixa que revolucionou o mundo”. Tornou-se um vício a que ninguém escapa, pois a programação televisiva é elaborada tendo em conta todas as faixas etárias. Saber se o vício é prejudicial é que ninguém o pode afirmar incondicionalmente. Cada um sabe de si. As crianças deitam-se mais tarde, vêem programas, filmes pouco recomendados para as suas idades, porém, não cabe à televisão vigiar as casas dos portugueses, mas sim os pais ou quem as educa.
No caso dos Açores, não há rigorosamente nenhuma diferença de comportamentos. Contudo, a televisão dos portugueses do continente não é a mesma que a televisão dos portugueses dos Açores e da Madeira, pela mesma ocasião. Quando se compra uma televisão nas regiões autónomas, tem-se direito a dois canais: a RTP Açores, ou Madeira, e o primeiro canal da RTP. Nalgumas zonas, existe problemas de recepção no segundo canal citado. Para se ser igual aos portugueses do continente, adere-se à televisão por cabo e assim, obtemos o segundo canal da RTP, que ainda é público, a SIC e a TVI, que são canais em sinal aberto, isto é, gratuitos.
Este discurso, mais que sabido para quem reside numa das regiões autónomas é descabido porque sempre foi assim. Mas para quem vem do continente já não se pode dizer o mesmo: é surpreendente. A isto chama-se português de segunda, o país é o mesmo, os direitos diferem. Há uns anos, atrás, houve uma batalha vencida pelas regiões que incidiu sobre a uniformização dos preços da imprensa nacional. Solicita-se agora uma nova batalha e não existe argumentos que possam altercar sobre o direito a aceder aos mesmos canais do continente de forma gratuita.
A RTP Açores tem tido um percurso de sucesso, evoluindo para uma autonomia de programação que orgulha os açorianos interessados naquele canal. Com a vinda de outros canais, nunca a estação estará posta em causa. Os seus profissionais, cada vez mais conhecedores da arte de fazer e produzir televisão, só devem ficar mais motivados pela diferença e originalidade que possui a RTP A.
Considero que no continente, a televisão por cabo deveria integrar no seu leque de canais a RTP A e a RTP M para todas os açorianos e madeirenses que se encontram fora da sua região.
Todavia, na actualidade, a discussão é outra. Na remodelação da televisão pública que decorre, considera-se, a saber, os protagonistas desta reforma, que os canais regionais devem pertencer totalmente aos governos regionais. O Governo Regional dos Açores está reticente: mais despesas e o problema de gestão de algo tão poderoso quanto complicado faz torcer o nariz do Presidente do Governo Regional. Mas isto pode constituir um novo desafio para a região. A sociedade civil pode empenhar-se para utilizar este meio supremo de comunicação para divulgações nos âmbitos da cultura, da ciência, do lazer, etc.. O potencial dos Açores é enorme. Grandes personalidades açorianas destacaram-se a nível nacional em diversas áreas; porque não agora na televisão?
Das falas esperançadas à prática vai um longo caminho. A posição do Governo Central ainda é dúbia, não sabendo exactamente o que pretende. O Governo Regional aguarda, não tomando desde logo uma iniciativa que esclarecesse a opinião pública açoriana. Passar de RTP Açores para, por exemplo, Canal Açores seria, de facto, um sinal crescente no caminho para uma maior autonomia da região. Porque não criar um grupo de trabalho que analisasse os prós e os contra desta proposta do Governo Central?"
segunda-feira, maio 10, 2010
sábado, maio 08, 2010
A mi me gusta...
Diz o Expresso que os alunos de Espanhol aumentaram oito vezes em quatro anos. Supostamente, a razão deve-se ao facto de muitos alunos preverem ir estudar ou trabalhar para o país vizinho.
Isto não passa de um mito urbano.
Alunos do 3º ciclo que já decidiram qual vai ser o seu percurso escolar ou profissional? Vá lá!
É verdade que o Francês se tornou pouco preponderante e influente na cena internacional, ao contrário do Espanhol, mas as razões dadas para a opção da língua de Cervantes são muito duvidosas.
O facilitismo impera. É a única explicação aceitável.
Basta dar o caso de muitos alunos do secundário aceitarem o Alemão de iniciação no secundário ao invés de escolherem continuar com o Inglês ou Francês para mostrar como o ensino anda em Portugal.
Aliás, alguém já se deu ao trabalho de enunciar as taxas de sucesso no Inglês nos níveis mais avançados?
Paraíso Perdido T2C27

Acabar com o socialismo
Meus caros, antes de fazer essa cara de virgem ofendida, pensem comigo: não estou a falar do Partido Socialista (se bem que também esteja incluído), falo na ideologia socialista. Sim, digo e repito: é preciso acabar de vez com o socialismo.
Anos e décadas volvidas em que o socialismo predominou, os resultados estão à vista: o país está pior. Se olharmos para o mundo onde vigora o socialismo então as coisas pioram. Como é que se pôde chegar a isto sem nos termos apercebido mais cedo?
O socialismo é uma utopia. Queriam acabar com as injustiças, aumentaram-nas; queriam acabar com a pobreza; criaram um novo tipo de pobreza; queriam ajudar os mais desfavorecidos; sustentam aqueles que não gostam de trabalhar e os prevaricadores da lei; queriam que todos tivessem acesso à educação, a ignorância alastra; queriam saúde universal e gratuita, se puderem as pessoas fogem para o privado; queriam produtividade no trabalho, a cunha e o clientelismo tornaram-se passaporte para o mercado laboral e respectiva progressão na carreira; queriam um Estado eficiente, criaram um sorvedouro dos dinheiros públicos; queriam empreendedorismo, têm empresários pedinchões e caloteiros; queriam uma cultura moderna e abrangente, criaram uma elite subsidio-dependente e esquerdista; queriam cidadãos modernos e progressistas, criaram uma sociedade sem valores e individualista. Os socialistas queriam tanta coisa e fizeram tanta coisa, mas onde puseram as mãos deram cabo de tudo.
Sou de Direita e quanto mais porcaria vejo neste mundo, mais de Direita fico. Mas a Direita que temos deixa muito a desejar, porque até nela o complexo de Esquerda existe e impede-a de ser o que realmente é.
Angrarock, o fim?

Há algum tempo a esta parte que defendo que as maiores efemérides culturais promovidas pela Câmara de Angra devam ser repensadas.
Desde as Sanjoaninas até ao Angrarock, percebia-se que os formatos até então seguidos se tinham esgotado e, pior ainda, no primeiro caso, o endividamento tornara-se incomportável.
Não me parece que o Angrarock acabe de vez (o formato actual, sim, deve ser extinto). Também não me parece que a cobrança de entradas seja a maior novidade a destacar. Sem qualidade, não há interesse. Acho que deviam ter cancelado tudo - refiro-me ao concurso de bandas, que considero ser o momento mais importante do evento – para recomeçar tudo de novo.
O concurso tem de ser consequente, isto é não se pode ficar só pelo Angrarock: deveria criar condições para que a banda vencedora e a 2ª classificada, por exemplo, pudessem exibir a sua performance para fora de Angra (freguesias, concelho da Praia e até noutras ilhas).
A componente formativa deveria ser privilegiada com workshops de guitarra, baixo, bateria, entre outros, realizadas por artistas nacionais e internacionais de reconhecida qualidade musical.
Mas o que faz falta às bandas são condições físicas e técnicas para ensaiar. Por isso, seria recomendável que a edilidade proporcionasse este tipo de infra-estruturas em colaboração com a DRJ e até a União Europeia. Muitos dirão que a Academia de Juventude irá suprimir essa lacuna. Eu acho que ela não irá dar resposta a tudo.
É verdade que toda esta ideia envolve gastos muito superiores ao formato actual. Mas, com esta inovação, a Câmara de Angra dá um passo em frente na valorização e no aproveitamento do potencial da sua juventude. É importante salientar que concursos de bandas existem em todo o lado, inclusive organizado por associações juvenis e até freguesias.
Na minha proposta, acho que reside a diferença que pode elevar os padrões de qualidade e distinguir o Angrarock dos demais concursos.
A Presidente de Angra em maus lençóis
Um governo à deriva
Vocês sabem o que ele defendia no princípio da semana.
sexta-feira, maio 07, 2010
O novo RSI
quinta-feira, maio 06, 2010
A culpa é sempre dos outros ou de todos
Vejamos:
- A crise de Portugal é culpa dos outros (internacional e agora agências de rating, precisando que estas são americanas).
- A pedofilia na Igreja (culpa dos homossexuais ou ainda pior de toda a sociedade como defende o arecebispo de Porto Alegre, Monsenhor Grings (diz ele que somos todos pedófilos. Acho que percebo onde ele quer chegar, mas não pode dizer isto assim de ânimo leve).
- A violência e o insucesso nas escolas é culpa dos pais, da sociedade, dos professores.
- As atitudes injustificáveis de alguns deputados são por culpa dos jornalistas que fazem perguntas que incomodam.
Revisão em alta da economia portuguesa pela UE
Solidariedade para com Ricardo Rodrigues
terça-feira, maio 04, 2010
Acerca do atentado falhado de Nova Iorque
- Pode não ser ele, apesar de ele insistir que o fez sozinho. talvez por causa dquela loucura de querer ser famoso, enfim, uma tolice que ele pagará caro. Se fosse cá era 1/3 da pena em prisão, coitadinho.
- Sendo o autor material, é burro porque foi logo embarcar para um destino suspeito, dias depois quando devia ter-se escondido nos Estados Unidos por uns bons meses.
- Qualquer atentado que surja terá sempre a chancela dos terroristas islâmicos, mesmo que nada tenham a ver com o assunto. Só nos franchising empresariais é que há obrigações a respeitar.
- Gosto muito dos republicanos, mas desconfio que alguns deles mais radicais possam querer levantar suspeições quanto à verdade sobre este atentado falhado. Teoria da conspiração? Talvez, pois calha numa altura muito má para Obama com aqueles desastre ambiental que está a ocorrer nas costas da Flórida. Reparem que o radialista Limbaugh compara isto ao Katrina de Bush. Isto não pode ser comparável, mas ele fê-lo e milhares de americanos acreditam nas suas palavras.
segunda-feira, maio 03, 2010
Ahmadinejad está ficar sozinho
E esta, hein?
domingo, maio 02, 2010
Cronistas
- José António Saraiva do Sol
- Ricardo Araújo Pereira da Visão
- Miguel Sousa Tavares do Expresso
- Alberto Gonçalves do DN
- Helena Matos do Publico (lido através do blasfémia)
Miguel Sousa Tavares tem o que considero o melhor programa de jornalismo televisivo (Sinais de Fogo). Aquilo que considero ser o jornalismo de perspectiva (eu dispensava as entrevistas. Já há muitas por aí). Há factos, mas há sobretudo uma visão pessoal dos mesmos e a respectiva interpertação. Já me custou ouvi-lo elogiar a TAP, mas é isto que faltava nos programas de televisão dedicados ao despertar da mente e do debate público em Portugal.
Acho que é bom ouvir um apresentador dizer "Eu acho..."
Nos Estados Unidos, as coisas extremaram-se porque têm uma conotação demasiado política (a FOX com os Republicanos e a MSNBC com os Democratas). Contudo, acredito que haja lá um meio termo. Talvez a CNN com Fareed Zakaria e o Situation Room de Wolf Blitzer.
Por cá, acho que temos políticos com opinião a mais na televisão.
Gosto muito do Miguel Sousa Tavares
Aprender inglês
sábado, maio 01, 2010
Espanha e as energias renováveis
o aumento da factura eléctrica torna-se insustentável.
Paraíso Perdido T2C26

O namoro tecnológico
O ser humano é de um tal comodismo que até incomoda. Todo o progresso tecnológico empreendido pelo Homem foi feito com base num só objectivo: tornar as coisas mais fáceis. Desde a máquina de lavar roupa até ao comando da televisão, toda esta parafernália de gadgets permitiu-lhe dispor de mais tempo para não se apoquentar com aquilo que considera futilidades da vida. Porém, neste comodismo que roça o patológico, o ser humano conseguiu a proeza de criar uma nova valência: a do namoro virtual.
No geral, o progresso tecnológico é benéfico. Para o Homem, claro! Já se sabe que o meio ambiente tem sofrido imenso e, por isso, o mundo reequaciona a forma como Homem se deve harmonizar com a natureza. Aliás, talvez seja melhor dizer o contrário, isto é, que a natureza deve encontrar uma forma de se harmonizar com o Homem, porque este não voltará ao passado da Idade Média.
Nestas duas últimas décadas, o computador, aliado à Internet, inovou de tal forma que conseguiu criar um novo paradigma de vida. No aspecto material, a Internet criou milhares de emprego e dezenas de novas profissões; enriqueceu pessoas de forma instantânea, catapultando muitas delas para a fama. A nível espiritual, aproxima pessoas de diferentes continentes; alimenta a felicidade e a esperança; preenche a solidão dos socialmente abandonados ou auto-excluídos e ensina quem a sabe usar com discernimento. A Net é isso tudo e o que há-de vir que ainda desconhecemos. Tal como um ser vivo, ela evolui - e, por um lado até tem a sua razão de ser, pois é encarada cada vez mais como um prolongamento da mente humana. Estamos a passar da fase do Homo Sapiens para o Homo Cyberneticus.

Este novo Homem cibernético acomoda-se e reinventa a sua relação com os seus demais, nomeadamente nas relações amorosas e sexuais. Todos nós sabemos ou ouvimos falar das proezas que a Internet proporciona nas relações humanas. O que ninguém sabe é até onde isto vai dar. Mas não quero vir aqui com um discurso moralista nem com pessimismos exagerados. Aliás, ao contrário do que se anda a apregoar, vale a pena elencar as virtudes da coisa.
Graças à Net, é possível reduzir drasticamente as gravidezes indesejadas ou possíveis contágios da SIDA e outras doenças sexualmente transmissíveis. Desde que não haja contacto físico, claro. Se o utilizador for esperto, tem hipóteses de viajar pelo mundo, logo que se inscreva em sites de “cyberdating” existentes nos cinco continentes, conhecendo pessoas diferentes e interessantes. Se o utilizador for uma pessoa exigente, pode escolher o tipo de parceiro(a) que pretende: loiro, moreno, mais velho, mais novo, gordo, magro, com determinados gostos culturais ou apetências físicas, e até aptidões profissionais. Se à medida que vai conhecendo uma pessoa, pressente que não corresponde às suas expectativas, basta um “block” para que esta desapareça de vez. De facto, com o advento da Net e estes serviços dedicados à satisfação da libido, somos transportados novamente para os anos 60 do século passado, quando se deu aquele período de libertação sexual. Entrámos numa nova fase da exteriorização dos nossos mais profundos sentimentos e fantasias de cariz sexual. Se é bom ou se é mau nem sem responder; somente relato o que a maior parte das pessoas constatou.
A Net ainda se encontra nos primórdios. Ainda é tudo um jogo e, por enquanto, somos como crianças perante um brinquedo novo. Com o tempo, certas modas passam. Esta, provavelmente, também passará. Agora, para muitos, uma coisa é certa: nunca o sonho de encontrar o seu príncipe ou a sua princesa foi tão real como agora.
Viciado em sexo

A nossa sociedade ocidental tanto tem de agradável como de consternante. Há uns meses que as inúmeras infidelidades do melhor jogador de golfe da actualidade, Tiger Woods, têm interessado a opinião pública mundial. Depois de uma paragem na competição para resolver os problemas conjugais, o atleta resolveu tratar o “vício das mulheres” numa clínica especializada, tornando a sua situação uma autêntica chacota da qual não se livrará tão cedo. Há menos tempo, soube-se que o marido da actriz Sandra Bullock a terá traído, provocando uma crise no seu matrimónio (sabe-se agora que o divórcio está consumado).
A imprensa cor-de-rosa tem-se deliciado em dar a conhecer os detalhes dos romances extra-conjugais. Se a penitência do golfista em público resolve o seu problema, ela o diminui enquanto homem de carácter. O seu casamento nunca será como dantes. E se ele acha que a clínica o ajudou na sua “desintoxicação” bem se engana. Ao voltar à vida que tinha, será muito difícil não resistir às tentações femininas que andam por aí. Alguns dizem que o excesso de libido pode ser uma doença. No contexto social em que o golfista se insere parece-me que voltar ao adultério seja o único desfecho possível. O mundo de Tiger Woods, mas podia falar também nos actores de cinema, dos artistas famosos e das celebridades em geral, é um mundo muito diferente do nosso.
O mundo de glamour, de beleza, de fausto e de excentricidades no qual estas celebridades se movimentam tem a tentação como factor predominante. Alguns criaram mecanismos para se defender dos desejos proibidos; outros, grande parte, estratégias para nunca serem descobertos; outros, ainda, formas de coadunar a mentira oficial com a verdade envergonhadamente escondida. Mas pedir que eles sejam iguais ao comum dos cidadãos é algo de impossível. Já a actual Primeira-dama de França, Carla Bruni, dissera que a monogamia era algo de aborrecido. Casou com o presidente Nicolas Sarkozy, mas não faltam rumores sobre a vida do casal. É o preço a pagar pela fama.
As celebridades existem para nos fazerem sonhar. A novidade já não se prende com aquilo que o seu talento desperta em nós, mas sim com a sua vida pessoal. Para muitos é bom poder “concretizar” os nossos desejos mais secretos através das suas vidas agitadas e altamente promíscuas.